A equipe de basquete do Macaé Sports-Paraolímpico participa do Regional Sudeste, que será realizado em maio, na cidade de Campos. Essa é a primeira competição oficial do projeto Macaé Paraolímpico, da prefeitura de Macaé, criado em 2006. Ao todo 27 atletas portadores de deficiência cadastrados na Fundação de Esporte de Macaé (Fesporte) e no Conselho Municipal da Pessoa Portadora de Deficiência Física (CMPPDF) participam do projeto.
O objetivo é integrar o deficiente no convívio social, promover o esporte, descobrindo novos talentos e aumentar auto-estima.
O Macaé Paraolímpico é direcionado aos atletas com deficiência nos membros inferiores, como paraplégicos, amputados ou com seqüelas de poliomielite. O CMPPDF tem cadastrado mil e quinhentos portadores de deficiência em Macaé.
- O projeto do conselho em parceria com a prefeitura está sendo ótimo. Eles estão se esforçando e começando a passar de alunos para atletas, com a experiência que estão adquirindo. O técnico está sendo fundamental para o sucesso da equipe, ele gosta do que faz, já dirigiu a seleção brasileira. Não poderíamos ter escolhido um técnico melhor. Nossa meta é disputar torneios e para isso estamos buscando patrocinadores, lembrou Hildemar Miranda, diretor do CMPPDF.
A primeira etapa foi a estruturação do projeto em si: escolha do local para treinamento, transporte e cadeiras especiais para os atletas poderem praticar essa modalidade esportiva.
- Além disso, trabalhamos a adaptação dos atletas com a bola de basquete que muitos não conheciam e é uma bola mais pesada que a de futebol, por exemplo. O aprendizado do basquete de cadeirante é um pouco mais lento que o convencional, um atleta estará tecnicamente preparado com dois anos de treinamento. Hoje o projeto já tem transporte, lanche e cadeiras para os atletas. Agora, o próximo passo é participar das competições em si, observa o técnico da equipe do Macaé Sports, Antônio Carlos Ferraz Magalhães, o Pulga.
O Regional Sudeste será realizado na primeira quinzena de maio e classificada equipes para o Campeonato Brasileiro. Na competição que será realizada em Campos durante cinco dias e reunirá além do Macaé Sports, equipes do Rio (ACADEF), Niterói (Andef), Minas Gerais (AMP), da cidade sede e de Associações do Espírito Santo e de Minas Gerais.
Com 41 anos, o carioca Antônio Carlos jogou basquete no Fluminense e em Julia Nova, na Itália, e recentemente estava no Vasco da Gama, onde treinava a equipe profissional masculina e feminina do basquete. Durante dois anos dirigiu a Seleção Brasileira de basquete de cadeirante de rodas e foi o técnico da Seleção Brasileira Paraolímpica em Atlanta, nos Estados Unidos, em 1996.
Da mesma geração de Oscar, Antônio não parou de jogar basquete, e hoje é da categoria master, onde foi campeão em 2003, no World Maxi Basketball, no Complexo Disney, na Flórida (EUA). Em seu currículo, ainda consta as vitórias nos Campeonatos Brasileiros de 94 e 96, com a equipe de cadeirante de rodas de basquete. Antônio também participa no Rio de jogos beneficentes de basquete, ao lado de grupos como o Barão Vermelho e Cidade Negra, e do jornalista Pedro Bial, para angariar fundos para instituições de caridade.
A primeira etapa do Macaé Paraolímpico foi a implantação do time de basquete, e deverá ser estendido a outras modalidades, como atletismo, tênis de mesa e quadra, entre outros. O projeto engloba ainda atendimento de psicólogos, fisioterapeutas e assistentes sociais. Os treinos acontecem três vezes por semana, às terças e quintas-feiras, das 13h às 16h, e aos sábados das 13h às 15h. A intenção é também ter um site na Internet com diversos conteúdos: leis, o esporte adaptado, a importância do esporte para a sociedade de forma geral, entre outros.