Foto: Ana Chaffin
O Dia Mundial do Hanseniano é 24 de janeiro, e 30 do mesmo mês é o Dia Mundial de Alerta à Hanseníase
Esta semana é de lembrar e de falar sobre a Hanseníase. Assim, a Secretaria de Saúde, através do Programa de Dermatologia Sanitária (hanseníase), e com a participação da Divisão de Programas de Educação em Saúde, promovem nesta terça-feira (31), a partir das 8h até às 17h, na Praça Washington Luis, o Dia de Combate e Prevenção à Hanseníase.
Na programação, estão agendados o grupo de teatro Arte e Saúde Grutas, com um esquete sobre o tema, a distribuição de folhetos, além de esclarecimentos e muita conversa com profissionais da área. Hoje, o Programa de Prevenção atende 23 pessoas em tratamento.
Ainda este ano, serão treinados agentes comunitários, médicos e enfermeiros dos postos de saúde, para a busca ativa de casos. A cada dois anos, o Programa de Dermatologia Sanitária promove o treinamento. O índice endêmico da hanseníase em Macaé é abaixo do estipulado pelo Ministério da Saúde (1% da população).
O gerente do Programa de Dermatologia Sanitária (hanseníase), que funciona no Centro de Saúde Dr. Jorge Caldas, Cláudio Fonseca Guimarães, destaca a importância de se falar da Hanseníase para a desmistificação da doença:
- Quanto mais precoce for o diagnóstico, menor será o risco de a pessoa com hanseníase apresentar reações e sequelas. Para se tratar aqui, vêm pessoas de outros municípios e até estados, por Macaé ser um polo de empregabilidade. Sempre, chegam casos de outros estados, explica o coordenador.
O Dia Mundial do Hanseniano é 24 de janeiro, e 30 do mesmo mês é o Dia Mundial de Alerta à Hanseníase. A doença infecciosa atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sinto
A hanseníase pode causar deformidades físicas, possíveis de ser evitadas com o diagnóstico no início da doença e o tratamento imediato. É preciso ficar sempre atento ao aparecimento de manchas pelo corpo, sobretudo aquelas insensíveis ao calor e à dor. Em caso de dúvida, basta dirigir-se o mais depressa possível, sem nenhum constrangimento, ao posto de saúde mais próximo. “A cura é mais fácil e rápida quanto mais precoce for o diagnóstico”, reitera Claudio Guimarães.
O tratamento
Segundo o gerente do Programa de Dermatologia Sanitária do município, para que o contágio ocorra é necessário o contato íntimo e prolongado com o doente não tratado. “Assim que o doente inicia o tratamento, ele para de contagiar outras pessoas”, explica o médico.
O tratamento, que geralmente ocorre ao nível ambulatorial e não necessita de internação, é muito simples e é efetuado, gratuitamente, em qualquer posto de saúde. A cura pode levar de seis meses a dois anos. O primeiro comprimido já impede que o doente transmita a doença; em muitos casos, as manchas e os caroços começam a sumir.
Apesar de Macaé não possuir registros significativos de casos de hanseníase, o país ainda apresenta índices significativos. Em razão do preconceito e da falta de informação, o Brasil é o segundo país do mundo em número de casos da doença, perdendo somente para a Índia, em oposição aos países de Primeiro Mundo, que já erradicaram este mal.
Saiba mais
Sintomas
Seus principais sinais e sintomas são: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque; áreas da pele que apresentem alteração da sensibilidade e da secreção de suor; caroços e placas em qualquer região do corpo e diminuição da força muscular (dificuldade para segurar objetos).
Tratamento
A hanseníase tem cura e seu tratamento é realizado através de medicamentos via oral. Esta doença é tratada nas unidades de saúde e seu tratamento é gratuito.
Prevenção
Uma importante medida de prevenção é a informação sobre os sinais e sintomas da doença, pois, quanto mais cedo for identificada, mais fácil e rápida ocorrerá a cura. Uma outra medida preventiva, é a realização do exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG nas pessoas que vivem com os portadores desta doença.
mas é longo. Pode variar de dois a até mais de 10 anos.