Foto: Bruno Campos
A prática esportiva acontece de segunda a sexta-feira, no Ginásio Poliesportivo
Um verdadeiro celeiro de campeões: este é o “Macaé vai à Luta”, projeto que atua na formação de talentos no judô e jiu-jitsu. A inciativa da Prefeitura, através da Fundação de Esporte e Turismo (Fesportur), é gratuita e funciona diariamente, de segunda à sexta, das 10h às 15h, no Ginásio Poliesportivo. O projeto usa os ensinamentos das artes marciais para formar cidadãos.
O projeto, que foi retomado no início deste ano, conta com a presença de 200 alunos. Entre as categorias, estão a iniciante, infantil e juvenil, adulto e adulto graduado, todas elas para o público masculino e feminino. Os interessados devem comparecer ao Ginásio Poliesportivo nos horários das aulas, preencher documento, levar atestado médico e, em caso de menor de 18 anos, é necessária a presença dos responsáveis. A única recomendação é que o aluno leve o próprio kimono.
Professor do “Macaé vai à Luta”, Ranieri Fernandes, destaca os feitos do projeto. “Estamos em crescimento e os resultados são significativos. Hoje temos em nosso projeto campeões, com conquistas expressivas, no pan-americano, sul-americano, brasileiro e estadual. Porém, nosso maior objetivo não é formar um lutador, e sim um cidadão de bem”, enfatizou o treinador.
No Interestadual de Jiu-Jitsu, realizado no início do mês, a equipe do “Macaé vai à Luta” esteve presente com oito atletas e obteve cinco medalhas, sendo quatro de ouro e uma de bronze. Um dos destaques do projeto, Rhuan Alves, 26, coleciona títulos e define a arte marcial como um estilo de vida. “Para mim, o jiu-jitsu influencia diretamente no meu bem-estar, tanto físico quanto mental. Através da prática da modalidade consigo me sentir melhor em todos os quesitos”, disse o atleta, que no fim do ano vai em busca do bicampeonato sul-americano.
As aulas são divididas em duas fases, condicionamento físico e parte técnica. Além disso, todas as quintas um professor convidado de outra academia ou outra modalidade está no projeto para passar ensinamentos. “Buscamos fazer essa interatividade com outros profissionais do judô e jiu-jitsu e até mesmo de outros esportes, permitindo que os atletas vivenciem essas experiências. Já trouxemos atletas do muay-thai, crossfit, boxe, mma para interagir com nossos alunos”, informou Ranieri Fernandes.
Considerado um dos atletas mais promissores do “Macaé vai à Luta”, o jovem Tharcio Cristian, de apenas 13 anos, coloca o jiu-jitsu como um divisor de águas em sua vida. “Comecei há três anos e foi uma forma que encontrei de sair das ruas, das más companhias. Sou muito grato ao jiu-jitsu por tudo que tem me proporcionado”, destacou.
Nos treinos, a presença é predominantemente masculina, mas muitas meninas estão procurando o jiu-jitsu como forma de defesa pessoal e para adquirir melhor condicionamento físico. Leilane Carneiro, 24 anos, é uma dessas. “Entrei no projeto há três meses e o clima é de uma família. Os meninos me ajudam muito nos ensinamentos. É um esporte que me apaixonei e pretendo não largar tão cedo”, disse a atleta.
Embora o jiu-jitsu seja uma arte-marcial japonesa, o estilo brasileiro desenvolvido pela família Gracie, no início do século XX, se tornou a forma mais difundida e praticada, principalmente depois dos torneio de artes marciais mistas (MMA).