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Mais um pingüim é resgatado na Ilha de Santana

26/07/2006 10:33:50 - Jornalista: Catarina Brust

Tico Macaé, um pingüim de Magalhães (região da Argentina, próxima à Patagônia), apareceu nesta quarta-feira (26) na Ilha de Santana. Ao buscar a rede de pesca, colocada na Ilha de Santana, um pescador encontrou o animal e o encaminhou à secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma). Em perfeito estado, Tico Macaé - que foi batizado com esse nome pelos fiscais da secretaria em homenagem ao aniversário do município - está recebendo soro e alimentação reforçada para ser solto.

- Nós voltamos a alertar a população para que não tragam animais que são achados na natureza. Só os que estiverem machucados ou doentes devem ser encaminhados à Semma, ressalta Fernando Barreto, chefe da fiscalização da secretaria.

A Semma já entrou em contato com os zoológicos do Rio de Janeiro e Niterói, e os dois estão “lotados” de pingüim. “O veterinário e os biólogos da secretaria já estão cuidando do pingüim com soro e alimentação. Ele é adulto e está em bom estado, bem gordinho. Vamos soltá-lo numa praia deserta da região”, explicou o chefe da fiscalização.

O aparecimento de pingüins nessa época do ano é comum na costa brasileira. No início de julho, outro pingüim foi resgatado também na Ilha de Santana. A correnteza e o degelo das geleiras no extremo sul acabam trazendo animais dessa espécie que tolera bem temperaturas de 7 a 30º. Há 18 espécies de pingüins, todos distribuídos no hemisfério sul. Não há pingüins no hemisfério norte. O maior deles vive na Antártica: é o Pingüim Imperador, que chega a ter 112 cm de comprimento. O menor é o Pingüim Azul com 40 cm de comprimento. Vivem na Austrália e Nova Zelândia, e recebem este nome devido à cor azulada das penas.

O site da Universidade de São Paulo (www.usp.com.br) alerta para que ao encontrar um animal destes na praia, não seja colocado no gelo. Procure uma caixa de papelão forrada com jornal e, se estiver machucado, encaminhe-o a secretaria de Meio Ambiente. Este não é um pingüim polar, ele não vivia no gelo: é um Pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus). Ele vem das praias de areia e pedras do Uruguai, Argentina e Chile. Se for colocado no gelo vai entrar em hipotermia, isto é, por causa do frio o metabolismo do animal vai baixar até ele morrer. Se estiver fazendo frio pegue duas garrafas plásticas de refrigerante cheias com água quente e enrole-as em bastante jornal. Coloque uma debaixo de casa asa do pingüim para esquentá-lo. Ele vai adorar. Mas, se estiver fazendo calor não use as garrafas. Se a temperatura dele subir demais também é perigoso.

Deixe o animal se acalmar por uma hora ou mais num local pouco iluminado e silencioso. Evite aglomeração de pessoas e não deixe que usem o "flash" das máquinas fotográficas. Para acalmar o pingüim procure coçar debaixo do bico, na região do pescoço e na nuca. Eles adoram.

Cobra e Tamaduá – Na segunda-feira (24), uma cobra jibóia e um tamanduá também foram encontrados na região. A cobra de quase dois metros apareceu no píer da Petrobras, na Imbetiba, atrás de um galpão. Funcionários da empresas comunicaram o fato à Semma, que foi resgatar o animal no local. Após a identificação, o animal que estava em bom estado, foi solto na estrada Macaé Carapebus, área de banhado, habitat propício à espécie.

Já o tamanduá foi atropelado por um morador de Macaé, que vinha de Rio das Ostras. O motorista levou o animal para casa e comunicou o fato à secretaria de Meio Ambiente. O animal, que estava com a perna quebrada, recebeu cuidados na Semma e quando se recuperar, será solto nas imediações do Parque Atalaia.