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Haverá distribuição de ingressos na bilheteria do teatro na própria terça-feira
O Teatro Municipal de Macaé leva ao público, nesta terça-feira (19), vários espetáculos com temáticas raciais e sociopolíticas produzidos pelo corpo de professores e alunos do pré-técnico e do curso livre de teatro da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart), vindo compor a mostra de 2019. Para a encenação de “Mandela – um diálogo entre o Brasil, a África e o Mundo”, às 19h45, haverá distribuição de ingressos na bilheteria do teatro na própria terça-feira (19).
Mais sete espetáculos dos cursos livres também estão em exibição neste dia, em sequência a partir das 16h, com entrada livre até que se esgote a lotação de 300 lugares. São eles: 'O menino marrom', 'Cotidiano', 'Quem comprou a palavra liberdade, cadê os direitos?', 'Já deu pro Mandelinha', 'Cartas de Mandela', 'Pare o mundo que eu quero descer', 'Mandela United Footbol Club'.
Sinopse "Mandela – um diálogo entre o Brasil, a África e o mundo"
É uma obra escrita e dirigida por Cláudia Byspo, com preparação vocal do professor Jardel Maia, e que tem a participação de um elenco de 30 alunos do curso pré-técnico de teatro. O espetáculo faz uma transversalidade entre as realidades de luta racial, política, social, religiosa pelo mundo, em especial o Brasil, tendo como figura central Nélson Mandela. A ideia da encenação é humanizar a figura do “herói” diante das vulnerabilidades as quais ele é exposto e desmistificar a perfeição de um homem que marcou a história.
A escolha pelos temas foi pautada no momento mundial, quando é preciso refletir sobre as constantes lutas da humanidade que invadem o cotidiano. Foram temas trazidos em estudos de sala de aula, com uma análise de qual é o papel da arte diante de fatos que são históricos. A turma vai mostrar que o teatro é um instrumento potente de formação do artista-cidadão.
A ousadia do grupo vai além: o elenco vai dançar, cantar e invadir a plateia. Tudo de forma muito instigante e provocativa. “Queremos expectadores e não espectadores", diz Cláudia, detalhando a diferença: “Com s, temos um público passivo, com x teremos um público que fica em suspensão, em expectativa, com possibilidades de reflexão e deslocamento”, concluiu.
Segundo a diretora, o elenco não mediu esforços e encarou o desafio de peito aberto, desde setembro, quando começaram os ensaios. Para muitos alunos da turma é a primeira vez atuando num espetáculo inteiro. Para o ator Marcos Vinicius, que faz Nelson Mandela, o frio na barriga é constante e a ânsia pela estreia é ainda maior. “Estou uma pilha de nervos, estarei com Nelson dizendo coisas fortes e emocionantes. Somos 30 pessoas que aprenderam muito no curso e isso estará no palco no dia 19. Vai ser lindo!”, proclamou.