Educar para prevenir. Esse é o principal objetivo do projeto "Maria da Penha nas Escolas", que recomeçou presencialmente no Colégio Municipal Maria Isabel Damasceno Simão, na última terça-feira (09), após dois anos sendo executado de forma remota. O projeto é uma parceria da Secretaria de Políticas para as Mulheres com o Núcleo de Pesquisa e Extensão em Direito das Mulheres (Nupedim) do curso de Direito da UFF/Macaé, Patrulha Maria da Penha, Secretaria de Educação e Juizado Especial Adjunto Criminal/Juizado de Violência Doméstica.
Em um primeiro momento, o projeto contempla os alunos do 9º ano e das turmas de correção de fluxo da rede municipal de educação. As ações do "Maria da Penha" nas escolas têm como proposta divulgar a
Lei Maria da Penha e a rede de enfrentamento à violência contra a mulher no município. O projeto parte do pressuposto de que as instituições de ensino são parte fundamental no processo educacional para uma cultura de prevenção à violência.
Na última terça-feira (09) três turmas participaram das atividades, que incluíram vídeos, slides com conteúdo informativo e músicas. Neste primeiro encontro, as dinâmicas foram conduzidas pelas técnicas do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam), a advogada Clara Liz Mendes, e a psicóloga Isabel Amaral, além da aluna extensionista do Nupedim, Larissa Batista Franco.
“Os adolescentes foram bastante participativos e deram um retorno muito positivo sobre o bate-papo. O projeto é tanto uma oportunidade de trabalhar o lado preventivo e educativo da lei, quanto uma forma de possibilitar que esses adolescentes sejam multiplicadores do tema e da rede de proteção à mulher, tornando-se atores ativos do combate à violência doméstica e familiar”, avalia a advogada Clara Liz.
Em 2019, somente no primeiro semestre do projeto, mais de mil crianças e adolescentes foram atendidos. O conteúdo é transmitido sempre de forma leve e lúdica, para promover a interação com os estudantes. Para a psicóloga Isabel Amaral, o projeto é fundamental para um trabalho de prevenção. “Para que jovens tenham conhecimento sobre a Lei, sobre o ciclo da violência e que sejam multiplicadores de informação nas escolas e em suas casas”, destaca.
Até o final do ano outras unidades de ensino serão contempladas pelo "Maria da Penha nas Escolas". O agendamento será feito de acordo com a disponibilidade dos parceiros no projeto.