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Marinha participará do combate ao Aedes aegypti em Macaé

11/02/2016 18:47:00 - Jornalista: Catarina Brust

Foto: Guga Malheiros

Neste sábado (13) serão promovidas ações durante o Dia Nacional de Mobilização contra o mosquito Aedes aegypti

A Marinha do Brasil já confirmou participação, em Macaé, no próximo sábado (13), dia nacional de mobilização contra o mosquito Aedes aegypti. Os militares vão realizar panfletagem na Lagoa e Vivendas da Lagoa, a partir das 8h. Dois agentes de controle de endemias do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) acompanharão a ação. Entre os dias 15 e 18, a Marinha realizará visitas domiciliares nos locais de panfletagem. A informação foi confirmada no final desta tarde de quinta-feira (11), durante reunião do Gabinete de Atenção e Combate ao Aedes aegypti, na sede da Secretaria de Saúde.

O objetivo é combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre chicungunha e também do zika vírus. A ação faz parte da medida do Ministério da Defesa que disponibilizou 220 mil militares, ou cerca de 60% do efetivo total do país, para participar de uma campanha de informação contra o mosquito em 356 cidades. A estratégia é nacional e terá desdobramento em todo o Estado do Rio.

A Prefeitura de Macaé também estuda a possibilidade de aplicar a medida provisória (MP 712/2016), da Presidência da República. Na MP, entre outras determinações, está previsto o ingresso forçado de agentes públicos em imóveis públicos e particulares, no caso de situação de abandono ou ausência de pessoa que possa permitir o acesso das equipes que atuam na descoberta e eliminação de focos do mosquito.

Em janeiro de 2015, foram registrados oito casos de dengue no município. Já em janeiro deste ano, foram 104 notificados, sendo 38 confirmados. Os ovos do Aedes aegypti depositados nas paredes dos depósitos no meio ambiente podem resistir sem chuva até 500 dias (um ano e meio).

- Essa é uma luta que tem que ser incessante para eliminarmos os diversos tipos de criadouros do mosquito. A população também precisa colaborar fazendo inspeções em suas residências, já que 90% dos focos se encontram nos domicílios. Cada um é importante nesse processo. O grande ataque é ao criadouro, destacou o secretário de Saúde, Pedro Reis, acrescentando que o carro fumacê é utilizado em locais com alto índice de infestação de larvas do mosquito e casos confirmados de doença pelo Aedes.

Atualmente, o município conta com pesquisas sobre os vetores da dengue, zika e chicungunha, realizadas por 10 doutores do Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (Nupem/UFRJ). “Esse é um trabalho a longo prazo. Em março, faremos um evento enfocando o livro lançado pela Fiocruz sobre “Dengue – Teorias e Práticas” que é um enfoque interdisciplinar da dengue”, explicou.

O biólogo e agente de combate às endemias da Secretaria de Saúde, Fernando Mancebo de Azevedo, fez uma apresentação sobre o Aedes durante a reunião.

- Além do Aedes aegypti, já foi identificado o Aedes albopictus que é mais resistente ainda e transmite a chicungunha e o zika virús. A população deve tomar todos os cuidados não deixando criadouros em áreas externas e depósitos ao ar livre devem ser inspecionados de três em três dias. O bebedouro dos animais deve ser lavado com sabão de dois em dois dias no verão. Também é indicado fechar a casa antes de clarear o dia e antes de anoitecer para evitar a entrada do mosquito nas residências, esclareceu.


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