Na madrugada desta quarta-feira (10), 36 galões de 50 litros contendo produtos tóxicos foram descartados em uma das margens da Linha Azul. Depois de checar a denúncia de que um caminhão havia despejado uma carga suspeita no local, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) solicitou a presença em Macaé do Grupamento de Operações com Produtos Perigosos (Gopp), do Rio, para dar apoio à operação, que contou também com a participação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal.
Os 36 galões foram descarregados clandestinamente em quatro áreas da margem direita da Linha Azul, num perímetro de aproximadamente um quilômetro de extensão. O trânsito ficou interditado no sentido Aroeira x Ajuda durante toda a manhã para a retirada da carga. Cerca de 30 homens trabalharam na ação que se estendeu até o final da tarde. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil fizeram o isolamento da área.
Os agentes do Gopp vieram de helicóptero para Macaé para identificar os produtos e acompanhar os procedimentos de descontaminação do solo. Segundo os especialistas, os galões continham ácido clorídrico e formaldeído. No final da tarde, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente providenciou uma retroescavadeira para fazer a retirada das camadas do solo que foram contaminadas. Os galões foram recolhidos pela empresa M. Consulting, que deu apoio à operação.
Não se sabe ainda o nome da empresa responsável pelo descarte do material. O fabricante do produto está identificado no rótulo, tratando-se de uma empresa de Salvador que não tem clientes em Macaé. Um dos produtos está identificado pelo número 2209, do código da ONU, que quer dizer formol deido. A Secretaria de Meio Ambiente vai tentar localizar o comprador através de dados fornecidos pelo fabricante. O ano de referência da carga é 2003.
*Colaborou Catarina Brust