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Mês de junho encerra com contação de histórias

01/07/2011 16:22:42 - Jornalista: Joice Trindade

Foto: Arquivo

A contação de histórias dá asas a imaginação e envolve não só os estudantes, mas os educadores

Levar a emoção e criatividade através de histórias. Esta é uma das propostas do projeto “Onde o rio de gente se encontra com o mar de histórias”, que está sendo desenvolvido pela prefeitura de Macaé, através da secretaria de Educação. Para isso, amantes da leitura, professores da rede municipal de ensino, além de estudantes do curso de contadores de histórias e de Formação de Professores participaram na noite da última quinta-feira (30), “Junho tem histórias”, no auditório do Colégio Estadual Luís Reid.

O evento, que faz parte do Programa de Leitura da Secretaria de Educação de Macaé, já é realizado há quatro anos. Além da programação que foi iniciada com o “Abril tem histórias”, se estende com o "Histórias de Agosto”. Na ocasião, a secretaria vai promover também a formatura de 30 participantes do curso de contadores de história, que apresentarão histórias variadas.
De acordo com a subsecretária de Educação na Saúde, Cultura e Esporte, Conceição de Maria Rosa, a intenção da pasta é reforçar a importância da leitura e atualizar os profissionais da Educação para que as unidades utilizem bibliotecas e salas de leitura de forma mais proveitosa.

- A contação de histórias dá asas a imaginação e envolve não só os estudantes, mas os educadores. As histórias servem de alimento para a alma, permitindo a transmissão de valores. Além disso, elas servem para despertar o raciocínio e o interesse da criança para formas de agir e estar no mundo”, ressaltou.

Evento - Contadores dos grupos HistoriArte e Patranha, que representam Macaé e Casimiro de Abreu contagiaram a plateia que compareceu ao Colégio Luís Reid. Histórias de gigantes, princesas, fazendeiros, lendas de animais como dragões, ratos bem humorados, palhaços, baratas casamenteiras deram asas à imaginação do público. Durante a programação, os contadores apresentaram histórias de escritores consagrados como João Karasfosa, Estela Leonardes e Ruth Rocha.

Uma das mais animadas foi a da contadora de história e coordenadora do programa de Leitura em Macaé, Maria Georgina de Souza. Ela arrancou aplausos com a história de Pedro Pedroca. “Estou muito feliz por levar a contação de histórias para os estudantes, que serão futuros educadores”, ressaltou.

Um dos momentos mais aplaudidos foi a palestra ministrada pelo psiquiatra e doutor em Psicologia, Joelson Tavares Rodrigues. Ele enfocou a temática “Existência e Possibilidade”. De acordo com o médico, que também é vice-presidente da Fundação Educacional de Macaé, a intenção da palestra foi levar ao público a reflexão sobre questões como vida e existencialismo.
- Através das experiências, construímos o que somos. Estamos abertos a um campo de possibilidades. Não podemos esquecer que quando escolhemos uma possibilidade, abrimos mão de outra”, disse.

Joelson Tavares salientou também que o sonho é de suma importância para a vida. “Não podemos deixar de sonhar. É a partir dos sonhos que chegamos a construir certas possibilidades”, ressaltou. Ele finalizou a palestra lembrando aos presentes, que os sonhos são essenciais e através deles as pessoas podem criar e pensar em outra realidade social e até mesmo um novo modelo de sociedade.

Para a estudante do curso de Formação de Professores, Alana de Brito, a programação foi inesquecível. “Estou no segundo ano do Ensino Médio. E quando me formar quero ser uma professora dedicada. Vou explorar histórias e quero aprender muito sobre a arte de contar”, destacou.

Também satisfeita com a palestra, a professora de Ensino Religioso, Luana Lacerda, afirmou que eventos como estes são essenciais para que os profissionais da Educação tenham em mente que a contação de histórias contribui para o desenvolvimento do aluno. “Na minha disciplina eu não deixo de contar histórias para meus alunos”, salientou a professora.
Para a contadora de história e coordenadora da Casa de Contadores de História, Margarida Maria Barcelos, eventos como o “Junho com Histórias” são fundamentais.

- Estamos conseguindo alcançar o objetivo de levar a importância da história para um público específico com amor e emoção. A história e sua contação se faz importante diante de tecnologias, como internet e as mensagens de celular”, concluiu.