Foto: Romulo Campos
Os fotógrafos clicaram membros da famílias tradicionais da serra macaense
Um povo que não preserva seu passado, sua história, é um povo sem perspectiva de futuro. Sob essa perspectiva, em comemoração ao Dia Mundial da Fotografia, no último fim de semana, os fotógrafos Romulo e Lívio Campos, Claudia Barreto, Luciano Matos, Rogério Peccioli e Itamar Cavalinho se uniram ao organizador de eventos, Paulo Moraes, e lançaram um projeto interessante na serra macaense: fotografar membros de famílias tradicionais que residem e ajudaram a consolidar a sociedade macaense na região serrana.
A sessão de fotos fez parte de um projeto patrocinado pela Fundação Macaé de Cultura. Cada morador fotografado recebeu de presente sua foto digitalizada.
O resultado do trabalho foi uma bela exposição, apresentada no restaurante Cabala, tradicional ponto gastronômico em Glicério, e contou com a participação dos fotógrafos envolvidos no projeto. No local foi montado um estúdio de fotografia e os visitantes puderam rever ou mesmo conhecer equipamentos fotográficos antigos e tomar conhecimento das tecnologias utilizadas pelos profissionais. “O evento foi surpreendentemente positivo, pois levou famílias tradicionais da região a não só conhecerem a nova tecnologia digital, mas também permitirem ser fotografados e receber essas imagens em apenas três minutos”, detalha o fotógrafo Romulo Campos.
Segundo o fotógrafo, o projeto terá desdobramento: uma série fotográfica das famílias tradicionais da serra em suas próprias residências, como forma de preservação da história e do povo original da cidade, que vem enfrentando um crescimento desordenado e perdendo, a cada dia, sua raiz histórica, bem como sua população nativa.
Durante o evento foram exibidos filmes e slides de fotos de Macaé. Os fotógrafos presentes ofereceram exemplares do livro
Parque Atalaia ao acervo da biblioteca pública de Glicério e às demais existentes a serra. “Queremos agradecer a presidente da Fundação Macaé de Cultura, Sheila Polly que percebeu a importância do evento e deu todo apoio necessário a implantação desse projeto de preservar a memória da cidade, registrando por meio de fotografias, a população nativa de Macaé, principalmente as das famílias mais antigas da região. Isso demonstra que a presidente tem a preocupação de dar mobilidade e descentralização da cultura, ampliando suas ações para toda a cidade, inclusive na serra”, enfatiza.
Para o próximo ano, o projeto deverá se desdobrar, e essas e outras famílias moradoras da região, que ainda não foram fotografadas, serão clicadas em seus lares, permitindo uma visão mais intimista de seu cotidiano.