Com grande alegria, as macaenses assistidas pelo Projeto Mulheres da Paz de Macaé receberam, na tarde de quarta-feira (16), na quadra da Aroeira, representantes do projeto de Duque de Caxias e São João de Meriti. O objetivo da confraternização, que contou com um almoço, foi o relato de experiências para auxílio na escolha dos jovens que participarão do Programa de Proteção a Jovens em Território de Vulnerabilidade (Protejo), que começa em abril.
O Projeto Mulheres da Paz é uma realização do Ministério da Justiça e da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos que é realizado em Macaé por meio do Gabinete da vice-prefeita, Marilena Garcia.
De acordo com Idalia Miranda, integrante da equipe de coordenação do Programa Mulheres da Paz na Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, as integrantes terão papel de destaque na escolha dos jovens Pretejo. “As mulheres têm grande conhecimento e influência na comunidade onde estão inseridas. Por isso, elas têm mais facilidade de reconhecer os jovens que necessitam ser resgatados”, explicou.
Em Macaé, está prevista a abertura de 125 vagas no programa. Os jovens inscritos, que deverão ter entre 15 e 24 anos, terão 800 horas de atividade, sendo 200 horas em cursos de qualificação, e as outras 600 horas em atividades que têm como finalidade a formação da cidadania. A novidade deste ano é que os cursos serão de letramento livre. “Dessa forma poderemos atingir jovens que largaram os estudos”, comentou.
A moradora da Malvinas e participante do projeto, Leci Jacinto, ressaltou que o programa é importante para a diminuição da violência e lembrou que é preciso ser Mulher da Paz em todos os momentos da vida. “Precisamos encaminhar nossos jovens não só para o Protejo, mas para todos os projetos que possibilitem nossos jovens a estudar e serem afastados das situações de violência”.
Moradora de Duque de Caxias, Márcia Carvalho Sevolo, comentou que é preciso mostrar aos jovens que sair do tráfico é uma libertação. “Ao sair dessa vida, o jovem passa a te liberdade de ir e vir, e não precisa mais se esconder e temer a polícia. E nós, como Mulheres da Paz, temos também o papel de trazer de volta os Protejos que abandonam o projeto e voltam ao tráfico”.
Já a Mulher da Paz de São João de Meriti, Alessandra de Gouveia Gutierres do Nascimento, lembrou que é importante estudar o perfil do jovem que irá participar do programa, para que as chances de sucesso sejam maiores. “É muito gratificante você ver um jovem que salvou te agradecendo porque hoje sabe o valor que tem para a família”.