Foto: Kaná Manhães
Mulheres são capacitadas para serem agentes multiplicadoras nas comunidades de Malvinas e Botafogo
Sinceridade e otimismo foram as palavras chaves da reunião realizada nesta quinta-feira (8) na Casa da Cidadania, com as integrantes do projeto Mulheres da Paz. Na ocasião, foram debatidos os rumos do programa a partir deste ano, assim como sua legalização no município, a criação da Associação das Mulheres da Paz, a avaliação dos grupos temáticos durante a III Conferência de Políticas para as Mulheres e, por último, a formação das agentes da justiça, para atuarem nas comunidades de Botafogo e Malvinas.
O Mulheres da Paz faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), do Governo Federal. O encontro foi presidido pela vice-prefeita, Marilena Garcia, que destacou a importância da criação do Centro de Referência da Mulher, inaugurado no mesmo dia da reunião, pelo fato do espaço ser mais uma conquista paras as mulheres de Macaé.
- Estou com vocês na busca de uma solução e para a continuação deste programa, pois vocês fazem a diferença na área de conflito por serem capacitadas e multiplicadoras em suas comunidades, ressaltou.
Marilena mencionou que uma das prioridades para o Mulheres da Paz é a inclusão do programa no Orçamento Participativo Mulher, mas que para tal é necessário construir os caminhos da legalidade deste projeto em Macaé, uma vez que o Pronasci faz parte do Governo Federal.
A supervisora da Casa da Cidadania, Roberta Parente, conta que atualmente o espaço atende 125 mulheres através do Mulheres da Paz, desde 2008, cujo objetivo é o fortalecimento das redes onde as mulheres são capacitadas para serem agentes multiplicadoras nas comunidades de Malvinas e Botafogo.
- As participantes do projeto são facilitadoras do acesso da comunidade à rede de serviços oferecidos pela prefeitura de Macaé e demais instituições do município. Também será implementado ainda este ano o Protejo - jovens em ação, projeto de proteção de jovens de territórios vulneráveis, na faixa-etária de 15 a 24 anos, explica.
Uma das atuações de destaque das Mulheres da Paz foram as visitas domiciliares do programa de combate à evasão escolar da Secretaria Municipal de Educação, formada pela Comissão de Educação na qual fazem parte, diminuindo de 174 para 38 crianças evadidas no bairro das Malvinas.
A doméstica Iolanda da Silva Ferreira, 56 anos, do Morro Lazaredo, do bairro Botafogo, é participante do programa desde sua criação em Macaé, onde vê a oportunidade de socialização com outras mulheres e de muito aprendizado.
- Aprendi muita coisa boa nesses dois anos através de várias capacitações na área da educação, saúde, de obras e de artesanato, contou Iolanda.
As Mulheres da Paz são conselheiras de suas comunidades, selecionadas para atuar no programa Rio Cultura da Paz, encaminhando os jovens aos cursos de formação profissional e às atividades culturais e esportivas do Protejo, em implantação por diferentes secretarias do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Sob a orientação e a liderança da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, o Programa leva cidadania a 18 territórios do Rio de Janeiro, através de três grandes projetos: Mulheres da Paz, Protejo e Espaços Urbanos Seguros.
A Casa da Cidadania fica localizada à Rua Djalma Sales Pessanha, 591, Botafogo (atrás do SENAI, no mesmo prédio que funciona o Colégio de Aplicação – CAP).
