Apesar de o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) ter reconhecido erro na pesquisa, segundo a qual as mulheres que mostram o corpo mereciam ser estupradas, o assunto repercutiu em Macaé. Quinze mulheres vinculadas à subsecretaria de Políticas para Mulheres, 123º DP, Espaço Mulher Cidadã, Comissão da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Macaé) e ao Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres (Comdim) fizeram um ato de repúdio, na manhã desta quarta-feira (09), em frente à subsecretaria de Políticas para Mulheres, que fica ao lado da Delegacia Legal, na Avenida São João, Centro.
Segundo a subsecretária de Políticas para Mulheres, Jane Estanislau Roriz, o ato público visou 'desconstruir' o machismo e a violência presentes em nossa cidade. Tanto homens como mulheres têm essa perspectiva. “Como pode uma vítima ser culpada por causa de sua roupa ou comportamento? Como pode mulheres terem essa opinião nos dias de hoje?”, indaga.
No evento, todas usavam a cor rosa.“Esse posicionamento equivocado de uma sociedade machista e violenta deve ser combatido. Por isso, o ato de hoje vai além do erro da pesquisa”, disse Jane.
Quem organizou e teve a ideia dessa pequena manifestação foi a Inspetora de Polícia Ângela Ferreira. Ela disse que as manifestantes resolveram aderir ao movimento não pelo resultado divulgado erroneamente na mídia, mas pela repercussão negativa que a pesquisa trouxe nas redes sociais, pois isso não tem nada a ver com sexo e sim com machismo e violência.
- Acreditamos que a roupa ou o comportamento da mulher não deve servir de justa causa para o ataque a que se refere a pesquisa - pontua.