Foto: João Barreto
A audiência pública aconteceu na terça-feira (31), no auditório da Cidade Universitária
Após realizar a primeira audiência pública para apresentar, em linhas gerais, as diretrizes e projetos conceituais do Plano Municipal de Mobilidade Urbana, a Prefeitura de Macaé promoveu mais uma consulta popular. Esta foi mais uma chance para que o cidadão pudesse contribuir com a elaboração e legitimação do documento. A pública aconteceu nesta terça-feira (31), no auditório da Cidade Universitária.
Mun– O Plano de Mobilidade Urbana é importante para entender como estamos enxergando a nossa cidade para o futuro e quais os recursos temos que prover para fazer frente às demandas com a garantia de qualidade de vida para todos. E as audiências públicas são importantes para que estas discussões saiam do gabinete e o planejamento seja feito de forma transparente, comprometida e compartilhada com as pessoas – disse o secretário de Mobilidade Urbana, Evandro Esteves.
Durante a audiência, foram apresentadas as propostas de projetos e ações para mobilidade urbana a serem desenvolvidos a curto, médio e longo prazos. Isso inclui um conjunto de fatores que contribuem para uma mobilidade sustentável. Entre elas, a aproximação das pessoas e das localidades para a realização das atividades de estudo, lazer, comércio e negócios; a organização da forma como a cidade irá se distribuir daqui para a frente; o estimulo à utilização do transporte público e do transporte não motorizado e a transformação de alguns paradigmas para permitir a mobilidade efetiva na cidade.
Plano - Muitas propostas contidas no plano foram apresentadas durante a audiência pública. Entre elas, a de um sistema viário baseado em eixos estruturantes que englobam uma rede logística com cerca de 150 Km de vias, segregação do transporte de cargas, interligação das zonas industriais e portuárias da cidade, o uso de sistema viário existente com a implantação de novos trechos e de binários, dentre outras propostas.
Foram citadas ainda as ações propostas para o transporte coletivo, como a implantação de BRS (faixas preferenciais para ônibus) ligando as principais faixas de deslocamento da cidade, além de melhorias no Sistema Integrado, revisão das linhas, aumento da frequência, reestruturação dos terminais e implantação de veículos biarticulados. Também foi citado o aproveitamento da faixa de domínio ferroviário e a implantação de um sistema aquaviário para transporte diferenciado.
Outras propostas - Para estimular o transporte não motorizado, foram apresentadas as propostas para o sistema cicloviário (implantação de rede de rotas cicláveis), sistema viário para pedestres (rotas acessíveis de calçadas, faixas de travessias, escadas rolantes e fixas, elevadores e passarelas em locais com grande fluxo de pessoas) e monitoramento do sistema (implantação de Centro de Controle Operacional e sistema de controle de velocidade com radares e câmeras).
Estarão também no plano, propostas voltadas à informação ao usuário (painéis de mensagens para informações aos usuários ao longo dos principais eixos, aplicativos, dentre outros), para a fluidez do trânsito, como implantação da chamada “onda verde”, duplicação das pontes da Amizade, na divisa com Rio das Ostras e da Ponte Ivan Mundim, e para a região serrana, como melhorias para RJ-162 e da estrada Frade-Sana, implantação e padronização de abrigos, construção de estações de transferência e criação de um expresso turístico.
- É muito bom saber que a cidade está preocupada com sua qualidade de vida e a presença da população na audiência pública demonstra isso. Trata-se de resgatar a máxima do “uso público do espaço público”, ou seja, o resgate da área da cidade para as pessoas e não mais para a ocupação somente por parte dos veículos – finalizou a mestra em Engenharia de Transporte e membro da COPPETEC/UFRJ, Eva Vider, que fez as apresentações das propostas durante a Audiência Pública.