Foto: Divulgação
Flautista, regente e compositor, Benedito Lacerda (ao centro) deixou um grande legado musical
"Será o Benedito" é o título da homenagem que será feita ao flautista, regente e compositor macaense Benedito Lacerda, na próxima segunda-feira (14), às 18h, no Solar dos Mellos - Museu da Cidade, quando ele completaria 113 anos de seu nascimento.
A Orquestra Popular de Macaé (OPM) irá tocar o melhor samba e choro do repertório de Benê, como era chamado carinhosamente pelos amigos e seu parceiro na música Pixinguinha. "Pelo Telefone, Adeus Morena, Flausina e Morcego, são algumas das músicas que iremos orquestrar aos amantes do samba e do choro", disse o regente Bruno Py, professor da Escola Municipal de Artes Maria José Guedes (Emart) e músico formado pela UniRio.
A OPM é uma orquestra versátil, que utiliza instrumentos musicais como o sax, percussão, trompete, contrabaixo, trombone, flauta, guitarra, violino, bateria e violoncelo e que oportuniza ao público macaense apreciar a boa música.
Na comemoração, promovida pela Fundação Macaé Cultura, através da Vice-Presidência de Acervo e Patrimônio Histórico, haverá também painéis compostos de fotos e escritos contando a história de Lacerda.
Vida e obra - A vida e obra do macaense Benedito Lacerda são de fundamental importância para a música brasileira. Sua contribuição se deu no momento em que a música popular urbana ganhou forma e identidade. Por esse motivo, ele sempre será lembrado como um dos principais compositores e instrumentistas da história brasileira.
Benedito Lacerda nasceu em março de 1903, em Macaé, mas foi criado no bairro do Estácio, no Rio de Janeiro. Muito cedo, conheceu Noel Rosa e Ismael Silva, entre outros sambistas. Já adulto, alistou-se no Corpo de Bombeiros, integrando a banda da corporação como flautista. Depois de pedir baixa na carreira militar, o músico foi tocar com o grupo regional Boêmios da Cidade, acompanhando, inclusive, a americana Josephine Baker, em turnê pelo Brasil. A dupla Benedito Lacerda e Pixinguinha empreendeu cerca de 40 gravações mais as edições de músicas e lançamentos de álbuns de partituras. Benedito Lacerda morreu em um domingo de Carnaval, em 1953.