Foto: Kaná Manhães
Comunidade ajudou no mutirão
Nesta quarta-feira (2), mais de mil alunos retornarão às aulas e serão surpreendidos por uma nova escola, recuperada por meio do trabalho voluntariado, e com um laboratório de informática totalmente equipado. A diretora do Colégio Municipal Zelita Rocha do Parque Aeroporto, Bete Brandão definiu o terceiro Mutirão Minha Escola Querida, realizado neste final de semana (29 e 30), como sendo “a mais importante lição de cidadania e integração que os moradores deram ao bairro”.
Para ela, a comunidade demonstrou nos dois dias de revitalização, o quanto é unida, participativa e acima de tudo “ciente da importância que a escola possui para todos”.
- Esta foi mais uma lição de cidadania. Mais de 400 pessoas voluntárias se revezaram nos dois dias do “Mutirão Minha Escola Querida. Agora, o Zelita Rocha tem a alma de seus alunos e professores. Tenho certeza que todos demonstraram seu amor a este espaço e cuidarão para que ele continue assim, disse a secretária de Educação e vice-prefeita, Marilena Garcia.
Cada sala de aula ficou sob a supervisão da professora que leciona no espaço. Assim, alunos, parentes e amigos puderam contribuir com seu trabalho. Todas receberam pintura, reparo elétrico, piso, telha, cortinas com detalhes de fuxico e limpeza de carteiras. Desenhos feitos por profissionais da grafitagem local revigoraram a fachada da escola, as paredes externas e os locais que antes estavam vazios.
A moradora Raíza Rodrigues estava gratificada em poder ajudar uma comunidade com o trabalho. “Quando percebo o quanto um aluno ou uma professora fica emocionada em ver sua escola de cara nova, vejo que o ajudado fui eu. Ser voluntário no mutirão me torna uma pessoa melhor”, revelou. As professoras, funcionárias e pais de alunos também se surpreenderam com o resultado.
Marilena agradeceu o apoio de todas as empresas e dos segmentos comerciais que tem acompanhado o mutirão. Ela homenageou a empresa COAN pelo apoio na alimentação dos voluntários e a coordenação do projeto feita por Sônia Terezinha. Esta dividiu a homenagem com todos os colegas de trabalho, ressaltando a união de esforços para a correta organização do Mutirão. “Temos muitas pessoas envolvidas e não conseguiríamos tornar isso possível sem a ajuda de todas elas”, declarou.
O episódio envolvendo a invasão da escola no mês de junho foi lembrado pela secretária como sendo uma triste lembrança, mas que a partir desse momento deverá ser esquecida. “Acredito que essas pessoas possam estar nos ouvindo. E vendo o quanto todos aqui se empenharam para tornar essa escola tão bonita quanto era se sensibilizarão e não cometerão o mesmo erro, pois a escola também pertence a eles”, afirmou.
Laboratório de Informática é inaugurado no final do Mutirão
Ao final do mutirão foi entregue o laboratório de informática, que recebeu o nome de uma de suas professoras mais queridas, falecida no início deste ano: Ângela Agostinho. O laboratório oferece 14 computadores entre didáticos e profissionais prontos para serem utilizados em aulas ou tarefas extracurriculares. A secretaria de Educação vai oferecer cursos de Informática gratuitos para a comunidade aos sábados que serão ministrados pelo Centro de Educação Tecnológica e Profissional (Cetep).
A Secretaria de Ciência e Tecnologia disponibilizou o acesso à internet para que os alunos possam fazer suas pesquisas pela rede. Este é o segundo laboratório implantado nesta gestão nas escolas. O primeiro foi na Escola Wolfango Ferreira, na Barra. A aluna Bruna dos Santos estava encantada com os novos computadores. “Agora vou poder acessar a Internet da minha escola sem precisar ir até a Lan House”.
O secretário de Ciência e Tecnologia, Guto Garcia, explicou que a instalação do laboratório faz parte do projeto Escola Digital, iniciado com a entrega de computadores para a administração de todas as escolas municipais. “A segunda fase está sendo a instalação do software de gestão da educação que possibilitará aos pais dos alunos acessarem de casa os dados escolares dos alunos. Além disso, informatizará todo o processo administrativo das escolas”. A terceira fase é a implantação dos laboratórios, que inicialmente está sendo realizada nas escolas em que as diretoras estão disponibilizando a estrutura física.