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Mutirão contra a dengue acontece na Nova Holanda e Nova Esperança

03/12/2013 17:33:00 - Jornalista: Andréa Lisboa

Foto: Guga Malheiros

O trabalho nas residências tem como uma das finalidades mobilizar os moradores

Uma equipe de dez agentes de endemias partiu da tenda do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), instalada na última semana na localidade de Nova Holanda, próximo à ponte de acesso à comunidade, para um mutirão de visitas domiciliares. O objetivo é intensificar a mobilização dos moradores contra os depósitos de água parada nestes meses de chuvas e de calor. O subsecretário de Saúde, Michel Haddad, visitou, além dessa, a tenda localizada na Nova Esperança, e fez um apelo aos moradores que colaborem com o trabalho da Prefeitura.

- Neste período de chuvas devemos dar especial atenção a qualquer recipiente que possa acumular água. O mosquito coloca seus ovos ali e, após as chuvas, as larvas eclodem. Nossa recomendação é tampar ou emborcar esses recipientes. Além dos esforços do CCZ, esse cuidado é fundamental. Queremos evitar um surto do sorotipo 3 da dengue entre os meses de fevereiro a maio, que atingirá mais as crianças menores de cinco anos, não imunes a esse sorotipo -, explica Haddad.

Entre as ações de reforço para a prevenção da doença está a cobertura de caixas d’água com telas. Nas visitas domiciliares, que acontecem periodicamente, os agentes oferecem esse equipamento e o instalam para o morador.

Os Índices Rápido para o Aedes aegypti (LIRAs) do quinto e último ciclo do ano dessa região não é considerado alto. Nova Holanda, 1,3; Nova Esperança, 4,5; Fronteira, 2,2; e Barra de Macaé, 2,7. As equipes fazem visitas domiciliares diárias por quarteirões, que se repetem de dois em dois meses. Entretanto, essas localidades foram indicadas para o mutirão porque, devido a períodos de falta de água, os moradores têm o hábito de depositar água em tonéis e vasilhames.

Na residência da rua 1, da lavadeira Maria das Graças Hipólito, 59 anos, havia água reservada e também larvas de mosquito. Depois de colher amostras, a agente comunitária explicou os procedimentos para a prevenção da doença à moradora, que já havia recebido visitas anteriores da equipe.

- Eu coloco cloro na água, lavo e viro as vasilhas. Mas vou tomar mais cuidado ainda -, comprometeu-se Maria das Graças.

Depois de a fêmea depositar os ovos na água limpa e parada, com o calor, rapidamente surgem as larvas do mosquito. Uma fêmea pode dar origem a mil e quinhentos mosquitos em sua vida de quatrocentos e cinquenta dias.