Mutirão mobiliza voluntários no Polo de Cultura da Fronteira

03/02/2016 17:54:00 - Jornalista: Lourdes Acosta

Foto: Thaisa Araújo

Espaço oferece atividades culturais e artísticas para cerca de 450 pessoas

Um mutirão formado por alunos, amigos e moradores da Fronteira iniciou nesta quarta-feira (3) serviços voluntários de limpeza e recuperação dos ambientes do Polo de Cultura da Fronteira. O polo foi alvo de vandalismo na penúltima semana de janeiro. A depredação do espaço público irá custar aos cofres do município um valor estimado de R$ 10 mil, entre reparos estruturais e materiais didáticos danificados.

A iniciativa da comunidade surgiu em função do beneficiamento promovido por aquele Polo, que oferece atividades culturais e artísticas para cerca de 450 pessoas com idade entre quatro e 65 anos, através das aulas de grafite, oficina de artes, ballet, dança urbana, jazz, percussão, corfebol, ginástica localizada e lambaeróbica.

De acordo com a coordenadora do Polo Fronteira, Keila Quirino, além da iniciativa da comunidade em reparar o dano, a Fundação Macaé de Cultura (FMC) já está providenciando uma parceria com a secretaria de Serviços Públicos - um dos órgãos responsáveis por limpar e restaurar patrimônios municipais -, para que seja feita nos próximos dias a pintura e a revitalização do espaço. Ela pede à comunidade que aguarde mais um pouco para o retorno das aulas.

"Neste momento precisamos revitalizar o local, tornando-o mais saudável e salubre, por isso, ainda não temos data para reiniciarmos as matrículas e as aulas. Assim que o reparo for efetuado anunciaremos aos nossos alunos a data de reinício das aulas", informou.

Para a auxiliar administrativa de uma empresa privada, Suelen Henrique, que é aluna de lambaeróbica há três anos, o Polo de Cultura não deve parar. "Estamos hoje tentando recuperar o ambiente que foi vítima de vandalismo, porque aqui buscamos aperfeiçoamento físico e bem-estar. Eu venho da Ajuda três vezes por semana participar da dança porque não consigo pagar lá fora. Acho que a prefeitura deve manter isso aqui porque beneficia muita gente", opinou.

O professor de Corfebol, Juan Garcia, que também foi ajudar no mutirão comunitário, lamentou ao ver as telas de pinturas, móveis e paredes pichados com palavras de ofensas e ameaças e todos os materiais usados nas oficinas espalhados pelo chão. "É com tristeza que vejo deteriorado o ambiente que proporciona inclusão social e oportunidades de cultura, esporte e lazer aos alunos", disse.

Garcia, que também é professor de educação física, explicou que o Polo de Cultura da Fronteira oferece o esporte (corfebol) na praça da comunidade, um espaço antes dominado pela prática do futebol. "O corfebol é um esporte holandês que já existe há mais de cem anos, o único do mundo em que homens e mulheres jogam juntos em condições de igualdade. Suas regras pedagógicas são ferramentas a serviço da cultura e educação. Ao longo do tempo conseguimos formar uma equipe que já competiu participando da Copa Rio de Corfebol, realizada no último dia 12 de dezembro, no Ginásio Juquinha, em Macaé", ressaltou.

O prédio do Polo de Cultura fica localizado na Rua Manuel Marques Monteiro, 724, no bairro Fronteira e possui uma estrutura com sete salas, vestiários masculino e feminino, cozinha, copa e uma grande área externa, além de uma rampa de acesso e banheiro para cadeirantes. Para mais informações os interessados devem procurar a secretaria do Polo ou através do e-mail culturafronteira@macaecultura.com.br.