Foto: Robson Maia
Comunidade ajudou na pintura da escola
Depois do sucesso do primeiro mutirão no bairro Malvinas, o projeto “Minha Escola Querida”, da prefeitura de Macaé, será realizado na Nova Holanda. A proposta do projeto, desenvolvido pela Secretaria de Educação, é de que os mutirões sejam realizados duas vezes por mês a partir de agosto, beneficiando mais de dez mil alunos este ano.
Desde janeiro, a prefeitura iniciou reformas nas escolas da rede municipal, mas o mutirão é diferente porque é feito pelo voluntariado. “Vai além das melhorias físicas. Estamos desenvolvendo uma campanha para que todos se reconheçam como parte integrante da escola, trazendo a comunidade para dentro da escola”, explicou a secretária de Educação e vice-prefeita, Marilena Garcia.
Com união e solidariedade, o primeiro mutirão “Minha Escola Querida” foi encerrado neste domingo (31), entregando a Escola Parque Municipal Wanderley Quintino Teixeira, no bairro Malvinas, totalmente revitalizada.
Os pais dos alunos foram voluntários, pintando, lixando, recuperando o jardim, confeccionando cortinas, limpando, entre outras ações. A Secretaria de Educação comprou tintas, forro, telhas, piso, luminárias e ventiladores de teto. A mão-de-obra foi dos voluntários, que trabalharam durante 48 horas, sábado e domingo.
- A energia física veio da energia mental porque eu acredito que a Educação vai fazer a diferença em Macaé. O mutirão superou todas as expectativas. As pessoas acreditaram e ajudaram a realizar. O próximo bairro será Nova Holanda, declarou a secretária, ao pintar as grades da fachada da escola.
As mães Rafaela Tavares, Márcia Vieira e Adriana Ferreira, participaram durante os dois dias do mutirão. “Estamos pintando a sala de aula onde nossos filhos estudam, ajudando a melhorar o ambiente que é como se fosse a nossa casa, onde eles passam metade do dia”.
O pai dos alunos Paulo Vitor e Júlia, Paulo Roberto, não conteve a emoção. “Este é o último ano do meu filho nesta escola, mas nem por isso deixei de ajudar, até porque as melhorias ficarão para Júlia”.
Para as coordenadoras do mutirão Sônia Terezinha e Kátia Angeloff, a adesão da comunidade, dos funcionários da escola, voluntários empresariais e pessoas físicas em geral, foram fundamentais para o sucesso do lançamento do projeto, que além das ações dentro da escola, contou com diversos trabalhos nas tendas montadas na frente da escola, desde recreações infantis até a confecção de ikebanas.
A funcionária da escola Luciene de Barcelos estava motivada com o resultado. “Os alunos não vão acreditar quando entrarem em sala de aula”. A professora do Pré I, Noêmia Barcelos Tavares, acredita que o rendimento dos alunos será outro com as melhorias da sala de aula.
A diretora da escola, Lídia Catarina, e a professora do Maternal I, Tatiane Jadejischi, ficavam imaginando os olhos brilhantes dos alunos ao ver as mudanças na escola. Foi feito um quadro de tecido com o registro das mãos dos trabalhadores, que sujas de tinta, assinaram a participação no mutirão. A primeira pessoa a usar o quadro foi a atriz Mônica Martelli, voluntária do projeto.
Ao final houve um sorteio para os voluntários de um computador reciclado na Fábrica de Cidadania, um dos projetos do programa Macaé Inteligente da Secretaria de Ciência e Tecnologia. A vencedora foi Daniela Tito, moradora do Morro de São Jorge, convidada por uma amiga a participar. “Minha amiga trabalha na escola e me convidou. Acabei ganhando um computador”.
Nos próximos 60 dias a escola irá receber brinquedos e uma sala de informática. Os computadores já estão na escola. Marilena Garcia encerrou o evento ao som do hino de Macaé, agradecendo a todos, plantando uma muda da árvore Flamboyant, e descerrando a placa-azulejo “Minha Escola Querida”. Em seguida a escola foi aberta para toda a comunidade sob o tema “Escrevendo com você uma nova lição”.