“Qualquer livro é melhor do que nada, como aqueles policiais. Se forem de qualidade é melhor ainda”. Com esta frase o jornalista escritor Nelson Motta definiu, nesta quarta-feira (17), a doação feita pelo projeto TIM Grandes Escritores dos 125 livros à Biblioteca Pública Municipal Dr. Télio Barreto. Entre os livros, selecionados por Motta e pelo escritor Sérgio Cabral, estão “As Pernas de Úrsula e outras oportunidades” de Cláudia Tajes; “Carmem” de Rui Castro; “Nara Leão uma biografia” de Sérgio Cabral; “O canto da sereia” e “Noites Tropicais”, ambos de Motta, além de songbooks.
Para a presidente da Fundação Macaé de Cultura (FMC), Conceição de Maria, a doação desses livros vai ajudar na formação e no desenvolvimento dos jovens que freqüentam a biblioteca. “Estes livros vão fazer com que a pesquisa melhore e o hábito de ler se fortaleça, pois no mundo em que vivemos atualmente o jovem tem deixado de ler. Esses livros agradam por terem diversos estilos. O Nelson Motta é um escritor moderno e agrada diversas gerações”, destacou a presidente.
Além de todos os livros escritos por Motta doados na terceira edição do projeto na cidade, exemplares “Ao Som do Mar e à Luz do Céu Profundo” e “Fluminense: Breve a Curiosa História de uma Máquina”, também foram doados e serão entregues depois. Ao ser perguntado sobre a importância dos livros para os jovens, o jornalista ressaltou que a primeira coisa que ele espera é que os seus livros alegrem quem os lê, que os leitores se divirtam. “Minha obrigação como escritor é não ser chato, coloco em um livro o que me emociona, o que eu gosto”, completou o jornalista.
Nelson Motta
Jornalista, escritor, compositor, produtor, roteirista, letrista, pai, homem, assim é Nelson Motta. Um homem de muitas profissões, nascido em 1944 na capital paulista e carioca desde 1950, quando seus pais foram morar no Rio de Janeiro. Tendo no currículo 11 livros, três na lista dos mais vendidos; escreveu sucessos como “Perigosa”, na voz das Frenéticas e “Como uma onda”, cantada por Lulu Santos; é parceiro musical de Ed Motta, Max de Castro, Guinga; produziu shows, discos de Elis Regina, Marisa Monte, Gal Costa, Elba Ramalho, entre tantas outras estrelas da MPB.
Como jornalista, Nelson Motta escreveu artigos, como “a cruzada”, para o jornal “Última Hora” de 1969, onde definiu como Tropicalismo o nome do movimento liderado por Gilberto Gil e Caetano Veloso. Atualmente, escreve colunas, em um site e no jornal Folha de São Paulo, além de colaborar com diversas revistas e proferir palestras no Brasil e no mundo.