A Galeria de Arte Hindemburgo Olive, da Fundação Macaé de Cultura, recebe nesta sexta-feira (7), a exposição “Nísia Floresta, uma mulher à frente do seu tempo”, da série “Conhecendo Grandes Personagens da Nossa História”. Os 18 banners sobre a vida e obra de uma das mais célebres feminista do século XIX ficarão expostos por duas semanas. A visitação gratuita poderá ser feita de 9h às 19h, a partir de segunda-feira (10) a sábado.
O Projeto Memória, em seu terceiro ciclo no município, é uma realização da Fundação Banco do Brasil, com o apoio da Petrobras e em parceria com a Fundação Macaé de Cultura. O projeto tem o objetivo de levar aos quatro cantos do Brasil a vida e a obra de um grande nome da história. Instituições de ensino ou entidades afins ao tema, se preferirem, poderão marcar visitas de turmas pelos telefones: 2791-7462 ou 2759-0889.
A escritora e educadora Nísia Floresta foi abolicionista, indianista e nacionalista. Ela deixou, além de 15 obras literárias de grande valor, um legado de luta pela valorização do verdadeiro papel da mulher. Por seu empenho na luta em defesa de uma educação igualitária entre homens e mulheres, é considerada a precursora dos ideais feministas no Brasil. Sua obra conquistou grande prestígio também em diversos países da Europa.
Nasceu em 1810, em Papari, no Rio Grande do Norte, tendo vivido ainda em Pernambuco, no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. Passou seus últimos 28 anos na Europa, onde escreveu livros em francês e em italiano, além de publicar traduções de suas primeiras obras, já consagradas no Brasil, tornando-se amiga de importantes intelectuais do Velho Continente.
Seu título mais divulgado, “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens”, não foi o que teve maior número de edições, mas é o que melhor reflete seu pensamento. A obra foi publicada quando a autora tinha apenas 22 anos. A obra de Nísia Floresta é composta por diferentes categorias literárias: artigos, poemas, romances, novelas didático-moralistas, que incluem, ainda, narrativas de viagem e a publicação de um discurso.
Em “Direitos das Mulheres e Injustiça dos Homens”, a autora contesta a situação em que as mulheres viviam em seu tempo, praticamente enclausuradas e recebendo um nível de educação muito inferior ao dos homens. É com esta obra também que ela passa a adotar o pseudônimo de “Nísia Floresta Brasileira Augusta”, revelando assim diferentes aspectos de sua personalidade: “Nísia” é o diminutivo de Dionísia; “Floresta”, uma referência ao sítio onde nasceu; “Brasileira”, a afirmação de sua profunda nacionalidade, e “Augusta”, uma homenagem ao segundo companheiro e pai de seus filhos, morto quando tinha apenas 25 anos.