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No stand da Agrape, novidades sobre o pinhão manso, na produção de biodiesel

28/07/2007 17:45:29 - Jornalista: Izabel Monteiro

Na XXVIII Expo de Macaé, o stand da Agrape esteve movimentado durante todos os dias do mega evento, organizado pela Prefeitura de Macaé, em comemoração aos 194 anos de emancipação política-administrativa do município. No stand, os visitantes recebiam folderes e informações do funcionamento da Agrape e sobre a importância da agricultura, pecuária e pesca do município.

A grande novidade do stand foi a apresentação das plantas nim e pinhão manso, de onde podem ser extraídos óleos para o biodiesel. As discussões sobre o pinhão manso ficaram a cargo de Flávio Coelho dos Santos, da Sete Agroindústria & Ambiental Ltda, que através de parceria com a Prefeitura de Macaé, com o apoio da Agrape ,quer desenvolver a plantação do pinhão manso no município.

- Hoje, o grande desafio é a implantação da cultura de oleoginosas no Norte e Noroeste Fluminense. Nós estamos apostando na importância do pinhão manso, no desenvolvimento da agricultura familiar, já que a planta pode ser consorciada com várias culturas, aumentando a geração de renda para os agricultores e suas famílias. Para o desenvolvimento do biodiesel no país, defendemos consórcios de culturas e não a monocultura – disse Flávio Coelho.

Ele explicou que outra vantagem do pinhão manso, uma planta nativa da região de Mata Atlântica e que é muito comum em toda região, é que pode ser usada na pecuária, como cerva viva em rumo das fazendas e cercas divisórias de pasto, proporcionando renda extra aos pecuaristas e pequenos produtores. Ressaltou que deve ser cultura de complementação e não de mudança de cultura. Lembrou que o pinhão manso já era usado no Brasil Império, para acender lampiões, existindo abundantemente em todo o país, mas que teve sua cultura abandonada no Brasil, sendo levado para a Europa, onde é explorado até hoje.

Entre as vantagens do pinhão manso, segundo Flávio Coelho, na produção de biodiesel é que não vai concorrer com o óleo da cadeia alimentar. Disse que a torta da semente da planta é rica em nitrogênio, potássio e fósforo, servindo como adubo orgânico, e que a casca tem alto poder calorífico, podendo ser transformada em fonte de energia, o carvão.

- Por essas razões, estamos buscando as parcerias e o apoio da Prefeitura e Agrape para desenvolver a cultura no município. Além disso, vamos buscar a parceria das prefeituras da região, pela potencialidade da terra para a plantação do pinhão manso – disse Flávio, destacando a parceria já firmada com a Cooperativa Agroindustrial dos Pequenos Trabalhadores e Produtores Rurais do Assentamento Celso Daniel (Coopmac), em Cabiúnas, que também está com um stand no Pavilhão de Agroindústria Familiar Rui Alberto Basílio Vieira, no Parque de Exposições Latiff Mussi Rocha, com o apoio da Agrape.