Foto: Moisés Bruno
Jovens atuam em setores diversos da prefeitura, mas têm que apresentar frequência escolar
Para orientar os supervisores dos locais de trabalho na Prefeitura de Macaé onde os meninos e as meninas do Programa Nova Vida estão atuando – são 500 jovens em 273 setores -, a secretaria de Desenvolvimento Social promoveu um encontro na tarde desta quinta-feira (22), no Paço Municipal.
Nessa reunião, o coordenador do Programa Nova Vida, Douglas Fontes, comentou entre outros temas sobre questões referentes à assiduidade, pontualidade e uso do uniforme dos integrantes do programa. “É importante uma expressiva aproximação entre esses supervisores e a coordenação do Nova Vida”, disse.
Para o diretor administrativo de emergências do Fundo Municipal de Saúde, Guilherme Barbosa Barreto, os três adolescentes - duas meninas e um menino - que estagiam em seu setor estão bem sintonizados.
- Eles estão atentos para desenvolver com eficiência as tarefas de atendimento ao público – enfatizou.
Já a responsável pelo setor administrativo do Programa Macaé Cidadão, Neide Carvalho Chabudé, disse que as duas meninas do Programa Nova Vida que trabalham em seu setor ajudam no arquivamento de documentos, fazendo protocolo para emissão e recepção.
- Esse encontro é muito importante para sabermos sobre a maneira certa de lidarmos com eles, seus horários e trabalhos. No Macaé Cidadão buscamos promover a autonomia profissional desses jovens, para que pensem em seu futuro de vida com responsabilidade – pontuou.
Nova Vida
O Nova Vida é um programa municipal que funciona há 21 anos em Macaé. Os adolescentes do programa passam um turno do dia trabalhando numa secretaria municipal e no outro turno atuando como estudantes em suas escolas. Eles recebem meio salário mínimo para isso.
Esta é uma oportunidade na qual eles aprendem a trabalhar, sendo assim incluídos socialmente. Os adolescentes são integrantes de famílias em vulnerabilidade social e o dinheiro no fim do mês promove uma ajuda aos pais e responsáveis, que arcam com a despesa da casa.
O projeto ainda contribui para a valorização do estudo, pois para ingressar no Nova Vida é preciso estar apto na escola e ter frequência escolar satisfatória. É preciso ainda que a renda familiar seja de até três salários mínimos.
Muitos adolescentes que hoje estão no programa são encaminhados pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, na Fronteira, ou pelo Conselho Tutelar. Inclusive, meninos e meninas da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) também são recebidos no Nova Vida.