Nutriafro: Macaé recebe visita de comitiva de Maricá

23/11/2023 09:46:00 - Jornalista: Equipe Secom

Foto: Bruno Campos

Uma moqueca de peixe foi servida na Escola Municipal de Educação Infantil Professor José Bruno de Azevedo

O projeto Nutriafro, lançado na rede municipal de ensino de Macaé no início de agosto, despertou o interesse do Instituto Municipal de Informação e Pesquisa Darcy Ribeiro (IDR), da Secretaria de Educação da Prefeitura de Maricá. Três integrantes do IDR visitaram a Escola Municipal de Educação Infantil Professor José Bruno de Azevedo, no bairro Malvinas, nesta quarta-feira (22), para conhecer detalhes sobre o funcionamento do projeto.

A comitiva de Maricá assistiu a uma apresentação teatral dos alunos. Logo depois foi servido o almoço para 40 estudantes, cujo prato foi moqueca de peixe (de origem afro e indígena).


"Pensamos em como trazer os elementos das culturas afro e indígena para as escolas. É uma oportunidade também para os professores trabalharem essa temática", explicou a coordenadora de Cultura Afro-Brasileira e Indígena nas escolas da Rede Municipal de Ensino de Macaé, Kátia Magalhães.



O Nutriafro estabelece um Cardápio da Alimentação Escolar que inclui gêneros exclusivos das alimentações dos povos africanos e indígenas. A iniciativa tem como base a Lei Federal 10.639/2003, que dispõe sobre a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar oficial e ainda a Lei Federal 11.645/2008, que estabelece a obrigatoriedade do estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena.

Luciane Vieira, Rodrigo Palomo e Cristiane Mattos tiveram conhecimento sobre a existência do Nutriafro durante uma visita recente a Macaé.


"Hoje viemos aqui para buscar entender como o município está lidando com questões como a Cultura Afro-Brasileira", disse Palomo.



O IDR produz, reúne e organiza estudos e indicadores sociais sobre Maricá. Sua função é fornecer à administração pública elementos para a elaboração de políticas sociais mais efetivas e adequadas.

A pequena aluna Manuela Arruda da Silva Mendes, de cinco anos, aprovou o Nutriafo.


"Eu achei muito legal, aprendi que temos que ajudar as pessoas", salientou.



De acordo com a diretora geral da Escola, Joana Muzi, a receptividade ao projeto é muito boa.


"Os professores contam a história dos alimentos até chegar o dia da refeição. O projeto está sendo muito bem aceito por eles. Não houve nenhuma rejeição", informou.



A meta do Nutriafro é fomentar o conhecimento da comunidade escolar sobre a diversidade da culinária ancestral e a contribuição e importância dos povos africanos e indígenas na construção da identidade brasileira.

O principal objetivo é a construção de uma escola antirracista. O cardápio passou a acontecer mensalmente em todas as unidades escolares municipais, proporcionando experiências não apenas de sabores, mas também de saberes culturais. Isso porque, a partir do dia de cardápio alusivo às culturas afro-brasileiras e indígenas, são realizadas ações pedagógicas elaboradas por cada escola para a valorização destas origens do povo brasileiro.