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Obras adiantadas no Bosque Azul

23/11/2005 15:39:48 - Jornalista: Maria Izabel Monteiro

Visitando o Complexo Habitacional do Bosque Azul, em Nossa Senhora da Ajuda, na manhã desta quarta-feira (23), o secretário municipal de Obras, Tadeu Campos, disse que as casas devem ser entregues aos futuros moradores em fevereiro, com toda infra-estrutura urbana para garantir a qualidade de vida das 307 famílias que ali irão morar.

O Complexo da Ajuda, onde as casas estão sendo construídas, tem área de 600 mil metros quadrados. Nesta área, além das 307 residências, a prefeitura vai construir novas unidades habitacionais. A meta é passar de cerca de 2000 residências no município e no terreno do Bosque Azul há o projeto de construção de prédios para os servidores públicos municipais que se cadastraram.

Tadeu Campos disse que a Prefeitura está em negociações com a secretaria estadual de Habitação, viabilizando um convênio entre município e estado para construção de moradias em Macaé, que apresenta déficit habitacional.

“Política habitacional do Município é ousada”

- A política habitacional da administração municipal é ousada e pretende atender a grande parte da população de Macaé que não tem casa própria – afirmou Tadeu Campos.

Sobre as residências no Bosque Azul, Tadeu esclareceu que as obras atrasaram um pouco por causa das fortes chuvas no último mês, mas hoje estão em pleno vapor. São 150 residências de um quarto, com 38 metros quadrados, 150 de dois quartos, com 47 metros quadrados e sete casas para pessoas com necessidades especiais, construídas em área um pouco maior, cerca de 55 metros quadrados, e em condições de permitir a acessibilidade a essas pessoas. As 307 casas – disse Tadeu – vão atender de 1500 a 2000 pessoas. As unidades habitacionais foram construídas com o objetivo de tirar pessoas de área de risco: áreas ribeirinhas, de encostas, morros ou de áreas invadidas que são de preservação ambiental.

O secretário ressaltou que as casas, são construídas em área de 250 mil metros quadrados, com sete ruas principais e outras transversais, com infra-estrutura urbana, em área cercada para garantir a segurança. Ele acrescentou que as ruas são asfaltadas, com sinalização horizontal e vertical, iluminadas, arborizadas, além de terem saneamento básico, com Estação de Tratamento de Esgoto, rede de água potável e abastecimento de água feitos pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e gás canalizado, pois há negociação da prefeitura com a CEG/Rio para trazer o gás canalizado até o Bosque Azul.


Casas não podem ser negociadas e construção beneficia mão-de-obra local

Outro detalhe importante passado pelo secretário é que as casas não podem ser negociadas. Quem receber a residência não vai poder vender, ficando como um bem familiar. Ele falou ainda que a construção das casas beneficiou a mão-de-obra do entorno da Ajuda e hoje, trabalham diretamente 450 operários, e há também grande número de trabalhadores indiretos.

Tadeu ressaltou a construção das casas em sistema modular com a utilização de tijolitos ecológicos, que além de não poluir o meio ambiente, permite a formação de multiplicadores do sistema de construção entre os operários, que não precisam ser qualificados, recebendo apenas treinamento para trabalhar com o sistema.


Tijolitos prensados não exigem queima

Os tijolitos ecológicos são prensados e não necessitam de queima como os comuns. O representante da Construir – empresa responsável pela obra -, Jairo Boechat, explicou que o sistema oferece segurança, tem qualidade superior aos tijolos normais, cada tijolito pesa quatro quilos, pode ser montado por mão-de-obra não qualificada, apenas treinada para isso e não polui o ambiente. Para construir casas de um quarto são utilizados cerca de quatro mil tijolitos. Já nas de dois quartos, cinco mil. O sistema é formado por um kit com todo material para se montar a casa, desde os tijolitos, ao madeirame, esquadrias e telhas. A fábrica fica em Magé, no Estado do Rio, e em breve, Macaé deverá contar com uma.