O Projeto Água Limpa, lançado pela prefeitura de Macaé em maio, e que representa o maior investimento em saneamento básico e ambiental no município, começa as intervenções da Rua Prefeito Antônio Curvelo Benjamin, no Visconde de Araújo. O projeto, que tem como principal objetivo solucionar os problemas de alagamentos e coletar 100% do esgoto das residências para as estações de tratamento, começa as ações pelos bairros que mais sofrem com as chuvas: Visconde, Sol y Mar, Riviera e Campo do Oeste.
Para iniciar a Projeto Água Limpa, o consórcio das empresas CPO Engenharia, do grupo Odebrecht, e Zadar, está concluindo a montagem do canteiro de obras, ao lado do Sentrinho, na Avenida Evaldo Costa, no Sol y Mar, e conclui levantamento topográfico em toda a região.
- Após o levantamento topográfico e de sondagem da área, as obras vão começar. Mas o projeto de macrodrenagem é uma obra de longo prazo, para resolver definitivamente os problemas dos alagamentos e do esgoto em toda a cidade, disse o secretário de Obras, Mário Bucker.
A Rua Prefeito Antônio Curvelo Benjamim começa no Visconde de Araújo, na esquina com a Fábio Franco, nas proximidades da Comunidade da Linha, situada nos Cajueiros. Nessa rua, passa um canal de escoamento de esgoto e de águas pluviais, no canteiro central. Esse canal começa na Fábio Franco e vai até o canal da Avenida Evaldo Costa (canal da Ayrton Senna) descendo até depois do Complexo Poliesportivo.
As obras na Antônio Curvelo Benjamim são progressivas. Inicialmente, o canteiro central está sendo cercado por tapumes. Depois, serão removidas as árvores para dar início às obras. Será aberto um canal de 4,50 metros por 2,50 metros que será tampado e urbanizado. O aumento desse canal vai melhorar o escoamento de águas pluviais dessa região. Esse é o primeiro passo das obras de macrodremagem no município. Nesta primeira etapa, a prefeitura vai investir R$ 35 milhões. Essa etapa, prevista para ser concluída este ano, contemplará abertura de canal na Antônio Curvelo Benjamin, melhorias nos canais da Avenida Evaldo Costa e da Fábio Franco.
Neste projeto, que tem prazo total de obras de quatro anos, a prefeitura de Macaé vai investir R$ 277.042.987,13. A obra vai gerar cerca de 700 empregos diretos e foi projetada para acompanhar o crescimento da cidade pelos próximos 20 anos, beneficiando toda a população macaense que hoje, segundo os últimos dados do IBGE, é de 169.513 habitantes.
Na Ayrton Senna, o canal de escoamento canalizado com tubulação Armco, de 2 mil milímetros, está com alto grau de assoreamento e rompimento em vários trechos, impossibilitando o escoamento da água. Esse canal será totalmente refeito, com formato retangular e em concreto armado.
O canal da Avenida Fábio Franco, que tem 1700 metros de extensão, não sofrerá alterações em suas dimensões: apenas os trechos sobre as vias urbanas serão alargados, porque apresentam estrangulamento nas travessias sobre essas vias urbanas, prejudicando a passagem de água. Os bueiros próximos serão modificados, beneficiamento o escoamento ao longo do canal.
Macaé cresceu muito nos últimos anos e a falta de infra-estrutura para enfrentar esse crescimento foi apontada por estudos feitos pela Secretaria de Infra-Estrutura Urbana da prefeitura de Macaé. Os estudos evidenciaram que o município tem hoje uma grande diversidade no seu sistema de esgoto e de escoamento. Parte da cidade possui rede coletora, estações elevatórias e de tratamento. Em outros locais não há qualquer sistema de esgotamento sanitário, fazendo com que a população use fossas e sumidouros e até mesmo acontece o lançamento do esgoto no sistema de drenagem pluvial. Ao investir na macrodrenagem, a prefeitura visa mais saúde e qualidade de vida para a população.
Projeto da Macrodrenagem inclui:
- 150 mil metros de redes de esgoto;
- 115 mil metros quadrados de pavimentação asfáltica;
- 15 mil unidades de ligações prediais (domiciliares);
- 3 interceptores e 15 estações elevatórias de esgoto sanitário;
As 15 novas estações elevatórias de esgoto vão poder atender à demanda de saneamento do município pelos próximos 20 anos. Além de coletar 100% do esgoto residencial para as estações de tratamento, o projeto prevê o fim dos alagamentos nas áreas mais críticas da cidade. As 15 novas estações serão construídas nos bairros Lagoa, Granja dos Cavaleiros, Cavaleiros, Praia Campista, Riviera Fluminense, Botafogo, Centro e Aeroporto. O esgoto será direcionado para as três estações de tratamento de esgoto em funcionamento e para outras três que serão construídas pela prefeitura. Em uma delas, a ETE do Mutum, em Imboassica, a prefeitura já iniciou as obras.