Foto: Guga Malheiros
A vida dos moradores da pequena Boa Alegria, localidade do distrito do Frade, está mudando. A estrada de acesso ao lugarejo, antes acidentada e tomada por gigantescas pedras, recebe obras da Prefeitura de Macaé desde abril deste ano, por meio da Secretaria do Interior. Os nove quilômetros de obras beneficiam cerca de cem famílias, entre moradores, proprietários de sítios e fazendas, e produtores rurais. A previsão é para que as obras de recuperação da estrada terminem em dezembro.
A primeira etapa consiste na explosão e retirada das pedras ao longo da estrada. O trabalho é praticamente manual para reduzir os impactos. As explosões são feitas pedra por pedra, com pólvora e detonador. Até agosto, 30 caminhões com pedras já foram retirados. O processo termina com a compactação do solo e a colocação de pedra brita ao longo da estrada.
Segundo o secretário de Interior, Delorme Batista Ramos, as obras de Boa Alegria como outras realizadas na região serrana visam crescimento, valorização e desenvolvimento das comunidades.
- Há muitas riquezas para serem exploradas na nossa região serrana. Mas nada é tão importante como a qualidade de vida dos moradores. A acessibilidade, o transporte público e o escoamento da produção rural precisam ser facilitados, declara o secretário.
As obras têm o objetivo, também, de facilitar a ligação entre as demais localidades da serra. Com a estrada de Boa Alegria pronta são cinco quilômetros a menos para o Sana. Tudo foi pensado para impactar o mínimo possível o meio ambiente.
- Não derrubamos nenhuma árvore e nem precisamos atingir os nossos recursos hídricos. Além disso, as pedras retiradas servem para proteger a encosta ao longo do caminho, já que boa parte da estrada faz divisa com a cachoeira do Frade, explica José Inácio, técnico ambiental responsável pelas obras.
O caminho era percorrido com dificuldade por moradores como Osmar Braz, que é dono de um pequeno sítio na localidade.
- Estávamos ansiosos por esta obra, já está melhorando bastante. A vida aqui era muito difícil, pois o caminho dificultava a entrada de carros, que viviam quebrando; caminhões então, nem se fala. Tive que comprar uma moto, mas pela quantidade de buracos já caí algumas vezes. Agora com certeza nossa vida vai melhorar, conta.