Foto: Ana Chaffin
Rede municipal conta com emergências e ambulatório odontológicos em vários bairros e na região serrana
Vanor Policarpo Filho, 40 anos, trabalha como mototáxi, mora na Comunidade de Malvinas, em Macaé, e não conseguiu fazer nada nesta terça-feira (4) devido a uma dor de dente. Seu dia só começou bem depois que foi atendido pela equipe do Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), da prefeitura, onde buscou atendimento após indicação de um amigo que já recebeu tratamento na unidade. Depois de alguns minutos no consultório, Vanor saiu sem dor.
Como ele, Giseli Franco Aguiar, moradora no Parque Aeroporto; Riberto Anchieta Alexandre, do Jardim Santo Antônio; e Dayane Santos Abade, 18, do Bairro Aroeira, também são pacientes da unidade e gostam do atendimento. Enquanto Vanor foi atendido na emergência, que funciona 24 horas, inclusive sábados e domingos, os outros foram encaminhados pelo Programa Saúde da Família ou as Unidades Básicas da rede municipal para o ambulatório do Centro de Especialidades Odontológicas que atende de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, com agendamento.
O coordenador de Odontologia do município, Carlos Fernando Pessanha Matos, informa que, dependendo da necessidade do paciente, como o caso de pessoas com necessidades especiais, se não conseguir realizar o procedimento na unidade, é feito no centro cirúrgico do Hospital São João Batista, com anestesia geral para fazer extração, canais e outros. Esse serviço começou no governo Riverton Mussi que também atende pessoas acamadas que recebem em casa a visita da equipe de Odontologia da rede.
O órgão é da Subsecretaria de Odontologia, vinculada à Secretaria Municipal de Saúde. Funciona à Rua Antero Perlingeiro, 76, no Centro da cidade. O coordenador disse que o Centro atende diversas especialidades odontológicas como endodontia, periodontia, odontopediatria, bucomaxilo, próteses e outras. São nove unidades na região serrana e 29 na zona urbana do município em funcionamento.
A Odontologia municipal conta com quatro unidades de emergências, que são os pronto socorros no Parque Aeroporto, Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Barra e em Glicério, que é referência na serra, além do CEO na Antero Perlingeiro.
- Todos os serviços da rede são gratuitos. Nossa prioridade é atender cada vez melhor o cidadão, seguindo as diretrizes do prefeito Riverton Mussi e do subsecretário de Odontologia, Márcio da Silva Junger. Mas é bom informar que as emergências são atendidas na hora, enquanto no ambulatório as pessoas precisam fazer um pré-cadastro para agendar o atendimento. Isso acontece porque Macaé cresceu muito e tem uma população flutuante que também usa os serviços da rede municipal, disse o coordenador Carlos Matos.
Um dos pacientes atendidos nesta terça-feira (4), Riberto disse que há anos é atendido no Centro:
- Sempre volto porque aqui sou bem atendido pelos profissionais e eles resolvem o meu problema. Indico esse serviço para todos porque não é qualquer cidade que tem um atendimento odontológico de qualidade como Macaé, observou Riberto. O mesmo disse Giseli.
Entre os dentistas que atendem no CEO está Gisele de Almeida Fortunato que trabalha na unidade há um ano e oito meses.
- O atendimento de emergência aqui é realizado todos os dias, 24 horas, e o ambulatório funciona com marcação para cada especialidade oferecida, observa.
O Centro de Odontologia conta ainda com uma Central de Esterilização por onde passam os materiais cada vez que são usados no atendimento a um paciente. A supervisora de Biosegurança e Auxiliar de Saúde Bucal (ASB), Lúcia Vaccari, explica que todo material é contaminado ao ser usado, por isto precisa ser lavado e esterilizado dentro das normas técnicas. Para fazer todo esse procedimento, os funcionários da Central trabalham devidamente equipados com gorro, máscara e luvas.
Os materiais são lavados, esterilizados e embalados. Depois desse processo vão para as autoclaves, que são máquinas de esterilização a vapor e pressão que matam os micro-organismos existentes.
- Aqui tudo é reciclado com esterilização a vapor, que é a correta. Esterilizamos até materiais considerados não críticos, ou seja, aqueles que não têm contato com a corrente sanguínea, como os utilizados para restauraçao. Já os materiais como seringas e agulhas são descartáveis e a prova é que abrimos na frente dos pacientes que podem conferir os envólucros e até as marcações de fabricação, disse Lúcia. Ela afirma que não há registro de casos de infecção no Centro de Odontologia.