Foto: Moisés Bruno
Atividade a céu aberto movimentou a tarde do último sábado
“Moço, o que o senhor vende?”, perguntou Ana Luiza Simões, de 6 anos, ao artista visual Márcio Elias Santos. “Aqui tudo é de graça. Eu não vendo nada. Ensino a colorir a sua imaginação”. Diante da resposta, a pequena entrou logo na fila para aprender a atividade de xilogravuras na tarde do último sábado (16), no distrito do Sana, região serrana de Macaé, na Oficina Xilomóvel, durante o 20º Festival de Inverno do Sesc, em parceria com a prefeitura.
Márcio e a esposa Luciana Bertarelli andam pelo Brasil divulgando a atividade de xilogravura com o Ateliê Itinerante. O casal é de Campinas (São Paulo) e faz o trabalho há 13 anos, já tendo passado por seis estados, 60 municípios e levado a técnica para mais de seis mil pessoas. No Sana, o público curtiu a oficina. O estudante Sanson Figueira Rocha, de 16 anos, morador do Sana, disse que gostou muito da oficina. “Achei maneira e já estou inventando moda. Quero colocar a cobra em cima da árvore no mesmo papel”, observou.
O artista explicou como funciona a técnica que ganha vida com peças de madeira, papel e tinta. É como se fosse um carimbo fazendo a composição das peças que recebem tinta e, assim, o desenho é transferido para o papel. Além de aprender a fazer, quem participou da oficina levou a gravura para casa embrulhada em papel de seda colorido.
“Nossa ideia é a formação do público para que multipliquem essa técnica. Quem quiser, também pode usar a xilogravura como geração de renda”, disse Márcio Elias. Ele e a esposa trabalham em parceria com a artista Simone Peixoto.