Foto: Maurício Porão
Evento aconteceu nesta terça, na Cidade Universitária
Como posso parar de fumar? O cigarro atrapalha as pessoas não fumantes? Preciso ter vergonha por ser fumante? Essas foram algumas das dúvidas debatidas durante as Oficinas Sobre Tabagismo realizadas na Cidade Universitária, nesta terça-feira (7), para alunos, servidores e a comunidade geral. As oficinas gratuitas foram conduzidas pelo presidente da Fundação Educacional de Macaé (Funemac), o pneumologista Gleison Guimarães, em parceria com a Secretaria de Saúde de Macaé (Semusa) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O evento teve o apoio da Sociedade de Pneumologia e Tsiologia do Estado do Rio de Janeiro (Sopterj) e as oficinas levaram à reflexão para a criação de estratégias no tabagismo. O assunto foi discutido com as equipes multidisciplinares da Cidade Universitária, da Coordenação Geral de Políticas Sobre Drogas (CGPOD), com a médica Cláudia Magaldi, da Área Técnica de Prevenção e Controle do Tabagismo, com a também médica Patrícia Meirelles, e com a professora do curso de Nutrição da UFRJ-Macaé, a nutricionista Nayara Sperandio, do Núcleo de Saúde Coletiva.
Gleison Guimarães abriu o encontro convidando os presentes à reflexão de como o fumo está presente na memória das pessoas desde a infância.
- Quantos de nós temos registrado, na lembrança, a fumaça que se formava nas rodas de conversa dos adultos, mesmo dentro de nossas casas. As programações de TV e cinema transmitiam uma imagem bela e ilusória do tabaco. Isso fez com que muitos buscassem esse status a cada propaganda. Hoje isso já não acontece mais - ressaltou.
A abordagem promoveu uma roda de relatos sobre as experiências passando por prazeres e medo. Pablo Cuadras, fumante por cinco anos, contou sua motivação para abandonar o cigarro.
- Parei de fumar, de um dia para o outro, quando senti um pigarro na garganta e expeli uma massa preta com cheiro forte de nicotina. Aquilo me assustou. Desde então, vi o mal que eu fazia para a minha saúde - compartilhou.
Entretanto, nem todos reconhecem o mal que o fumo pode trazer. Gleison Guimarães apresentou estatísticas oficiais: 6 milhões de pessoas morrem ao ano em decorrência do tabaco. A analista técnica de Prevenção e Controle do Tabagismo, Patrícia Meireles, do Programa Municipal Antitabagismo, enfatizou que os jovens estão trocando o cigarro convencional por outros, na tentativa de usar algo menos nocivo à saúde, embora, segundo ela, isto não proceda na prática.
- Tudo que faz combustão causa danos à saúde. Os ditos cigarros orgânicos também não fazem bem, pelo contrário, não sabemos o quanto de nicotina e outras substâncias possuem. Procurar orientação profissional é a melhor forma para deixar o hábito de fumar - afirmou a médica.
As oficinas fazem parte da campanha “Macaé sem Fumo” e marcaram o Dia Mundial sem Tabaco registrado anualmente em 31 de maio. Participaram do evento servidores, alunos, professores e membros da comunidade.