Olhos da Cidade: Paparasi faz monitoramento aéreo do município

05/01/2007 11:57:50 - Jornalista: Catarina Brust

Invasões, crimes ambientais, pesca predatória, movimentação de terra, entre outros, são algumas das atividades desenvolvidas pela equipe da Seção de Patrulha Aérea de Proteção Ambiental, Reconhecimento, Apoio, Salvamento e Informações (Paparasi), da Guarda Municipal de Macaé. Utilizando um ultraleve locado de 280 quilos, com autonomia de vôo de cinco horas, duas pessoas e uma máquina fotográfica, o Paparasi controla no ar, o trabalho que 600 viaturas teriam que realizar em terra, para monitorar toda a cidade.

Em um ano de funcionamento, a Guarda Municipal já possui 2,5 mil fotos no acervo.

- O objetivo principal é monitorar o município, fotografando o que for encontrado de errado. Seja invasão, acidente, desmatamento, fogo, pesca predatória, assoreamento de rios, entre outros. Tudo é registrado e passado ao órgão competente. Quando é necessário, o piloto utiliza o rádio para falar com a central na guarda para passar o problema ao órgão responsável, destacou o presidente da Guarda Municipal, Antônio Franco.

O custo total por hora é de R$ 300, enquanto o aluguel de um helicóptero é de US$ 2,5 mil. Com quase 10 meses de implantação, o Paparasi da guarda já identificou e fotografou diversas situações irregulares: invasões em áreas do município, retirada de terra ilegal, pesca predatória, veículos em situações suspeitas, assoreamento do Rio Macaé, entre outros. Em junho deste ano, o piloto Valdir Lacerda e o co-piloto e paraquedista André Luiz Ramos Monteiro, localizaram uma extração ilegal de terra, próxima ao Parque de Tubos.

- A extração ilegal só poderia mesmo ser identificada do alto, porque a máquina estava retirando terra pelo outro lado onde não tem estrada. A foto foi utilizada para ser feita a apreensão da máquina e o proprietário foi autuado. A cratera já chegava a 15 metros de profundidade -, explicou o piloto do ultraleve, esclarecendo que da aeronave se tem uma visão de 360º. A equipe conta também com o paraquedista João H. Ribeiro.

Esse mês, assim que as chuvas derem uma trégua, a equipe realizará um simulado de lançamento de bóia para auxiliar no resgate de afogados com o Corpo de Bombeiros, para atendimento nas praias do município. Durante o verão, a equipe vai trabalhar na orla, fazendo o monitoramento nas praias, e lançamento de bóias em caso de afogamento.

O ultraleve Fox V5, fabricado no Rio de Janerio, possui autonomia de vôo de quase cinco horas e pode voar até 10 mil pés. Geralmente na cidade, atinge entre 500 a mil pés (115 metros de altitude).

- Durante o verão estaremos realizando o monitoramento da orla. Estamos preparados também para fazer resgate na serra -, concluiu o paraquedista André Luiz Monteiro, que já serviu no Batalhão de Forças Especiais do Exército e realizou treinamento de paraquedismo com a equipe do Parasar da Aeronáutica.