Operação da Guarda Ambiental coíbe pesca ilegal na Lagoa de Imboassica

18/03/2014 17:58:00 - Jornalista: Genimarta Oliveira / Maria Izabel Monteiro

Foto: Juranir Badaró

Foram apreendidos 300 quilos de pescado. Material será doado para instituições sociais

Após denúncia de pesca irregular na Lagoa de Imboassica, agentes da Guarda Ambiental da Prefeitura de Macaé, apreenderam, na manhã de segunda-feira (17), aproximadamente 200 quilos de peixe. A operação da Guarda Ambiental, com o nome "Pesca Legal", continuou na parte da tarde do mesmo dia e resultou na apreensão de mais 100 quilos de pescado. O material foi encaminhado para a Delegacia da Polícia Federal e, posteriormente, por meio da secretaria de Ambiente, direcionado ao Núcleo em Ecologia e Desenvolvimento Socioambiental de Macaé (Nupem/UFRJ), para verificar se o pescado estava em boas condições e, desta forma, ser doado a instituições sociais da cidade.

De acordo com o comandante da Guarda Ambiental, Madson Nazareno, a resolução 005 do Conselho Municipal de Meio Ambiente, no parágrafo primeiro, artigo segundo, proíbe a pesca com rede, na lagoa, entre 5h e 17h. Segundo ele, a equipe chegou à lagoa às 5h, para verificar a denúncia e, por volta das 9h, quando abordavam uma embarcação, perceberam que pescadores de outros dois barcos foram em direção à vegetação de taboa e fugiram.

“Os homens seguiram para o bairro Mirante da Lagoa, às margens da lagoa, e deixaram os isopores com o pescado, que estava armazenado com gelo, além de balanças e todo material de pesca”, disse Madson, acrescentando que recebeu denúncias também sobre a venda no próprio local. Os peixes apreendidos são das espécies tilápia, acará e tainha.

Após a apreensão, a Guarda Ambiental prosseguiu com a operação, saindo em busca de informações sobre a existência de acampamento e teve sucesso. O espaço foi localizado na divisa de Rio das Ostras e Macaé, escondido na vegetação entre a lagoa e a praia. Os pescadores não estavam na área e a Guarda Ambiental destruiu o material encontrado, para evitar o retorno dos pescadores.

Madson acrescentou que além da pesca fora do horário, eles praticavam a pesca de arrasto, onde uma rede é colocada em dois barcos e posteriormente puxada, fazendo uma varredura na lagoa e também a pesca de troia, com rede colocada em meia lua. Neste tipo de pesca, o peixe entra na armadilha e não consegue mais sair.

A Guarda Ambiental vai continuar o monitoramento da lagoa para evitar que os pescadores continuem com a prática predatória. A penalidade são dois a quatro anos de prisão, por pesca predatória e descumprimento de resolução municipal e da Lei Federal 9.605/98, que dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.