A exposição “A Fragilidade do Infinito”, de Evaristo Conte, estará desta quarta-feira (2) a 30 de abril, na Galeria de Arte Hindemburgo Olive-GAHO, da Fundação Macaé de Cultura, na avenida Rui Barbosa, 780, no Centro da Cidade. A abertura será às 19h. Algumas das 20 obras da mostra são premiadas com troféu e medalha de ouro pela Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais - ABD. A galeria, com visitação gratuita, funciona de segunda a sábado de 8h às 19h.
O artista gaúcho, que formalizou seus estudos na Califórnia-USA (1976-80), onde obteve diploma do Glendale College, é convidado do curador da galeria, Paulo Taboada, que destacou a relevância da obra de Evaristo Conte no cenário artístico nacional. Seus trabalhos já estiveram expostos em Hollywood, na Fundação Cultural do Distrito Federal e, também em Brasília, nos Correios, quando alguns de seus quadros foram reproduzidos em selos.
Para o autor, a exposição “A Fragilidade do Infinito” expressa a fugacidade da humanidade e do planeta, num contexto místico. Entre elas estão “Fungosidade”, que recebeu troféu da ABD, além de “Manhã de Inverno” e “Manhã de Primavera”, premiadas com medalhas de ouro. Todas as telas, aquarelas e acrílicos sobre tela são emolduradas com vidro.
Nascido no Rio Grande do Sul, em uma colônia fundada por italianos, chamada Mato Perso, o artista passou por três fases distintas. A primeira, segundo ele, ingênua; a segunda, academicista. Muitos quadros desta etapa foram feitos nos Estados Unidos durante seus cursos. A fase atual se caracteriza pela tentativa do desprendimento às regras e a busca contínua pela autenticidade. Suas criações formam uma coletânea heterogênea.
Evaristo costuma pintar até três obras ao mesmo tempo, sempre utilizando técnicas, cores e contrastes distintos e temas muito diversos. “Se um tem mais luz, o outro não. Se um é acrílico, o outro é aquarela. Tenho uma visão macro. Vejo o mundo todo aberto e por isso qualquer assunto pode servir de motivo para um trabalho. Jogo-me em um turbilhão”, sintetiza o autor.
Ele circula com a mesma desenvoltura do abstrato ao figurativo, e se preocupa em enfatizar seu conceito de abstrato: “Devemos realmente abstrair da imagem uma informação não evidente. Essa é minha concepção. Não pode ser aleatório. Tem que haver alguma regra para pintar, uma estrutura para o trabalho. Gosto de quadros que provoquem um segundo olhar”, explicou.
Alguns de seus quadros refletem intensa subjetividade, como “A face do tornado”, “O útero é uma grande tigela” e “O sonho do açougueiro”. Para Evaristo, o objetivo da arte deve ser a criação e não apenas a retratação. “Gosto de seguir por outros caminhos”, completa. Ele, que reside em Macaé no bairro Parque Aeroporto, realizou, no Brasil, entre outras, duas exposições pelos Correios, duas para a Fundação Cultural do Distrito Federal e duas para a Petrobrás, além de exposições coletivas no Clube Comari, em Rio das Ostras, pela Associação Brasileira de Desenho e Artes Visuais-ABD. Pela primeira vez, apresenta uma exposição individual na Galeria de Artes Hindemburgo Olive.