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Orquestra de Violinos é atração desta semana no projeto Quarta Musical

14/08/2007 16:13:48 - Jornalista: Alexandre Bordalo

O único lugar em Macaé onde se aprende a tocar violino é no Conservatório Macaé de Música, vinculado à Escola Municipal de Artes Maria José Guedes da Fundação Macaé de Cultura. E, nesta quarta-feira (15), sete alunos em estágio mais avançado – são 21 aprendizes -, da professora de violino Cláudia Márcia do Nascimento Rosa, se apresentam para o público que marcar presença no salão Eusébio Luiz Costa de Mello, que fica no quarto andar do prédio do Centro Macaé de Cultura, na Avenida Rui Barbosa, 780.

Eles compõem a Orquestra de Violinos do Conservatório. O evento, intitulado Quarta Musical começa às 19h, com entrada franca, e faz parte do Projeto Quartas Culturais – no qual há atividades culturais (teatro, poesia, cinema e música) nesse dia da semana. Eles interpretarão 16 canções, entre barrocas como Minueto de Bach, e folclóricas (Greenslives). Os alunos têm aulas uma vez por semana, com duração de uma hora.

Segundo Cláudia, antes de 1700 o instrumento era menor que atualmente, quando o espelho (local onde se dedilha) era metade do que é hoje. “A partir daquele ano, o violino adquiriu a forma atual, com quatro cordas e tamanho de 36 centímetros definido”, explica a professora.

Ela diz que o som do violino leva os ouvintes aonde quiserem dependendo da música, que pode conduzi-los à tranqüilidade, por meio de melodia mais doce, suave e serena, ou à agitação, através de efeitos percussivos e acordes consecutivos. A professora lembra que no Rio de Janeiro há duas instituições de ensino federais (nível superior) onde se disseminam e desenvolvem conhecimentos teóricos e práticos sobre o instrumento: UFRJ e Uni-Rio.

Cláudia Rosa, que se formou na UFRJ como violinista e violista e dá aulas do instrumento no conservatório macaense há dois anos, ressalta que na instituição de ensino federal teve aulas individuais, de orquestra e de música de câmara – quando acontece trabalho de pequenos conjuntos musicais.

- No Brasil, cada estado tem pelo menos uma instituição de ensino que trabalha com violino em termos de graduação. Hoje, há projetos culturais de cunho social com aprendizado de violino para pessoas de camadas de baixo poder aquisitivo – comenta a professora.

Ela enfatiza que, para cada violinista, o instrumento proporciona benefício diferenciado, ocorrendo desenvolvimento da coordenação motora por intermédio de movimento corporal que gera disciplina.

- No início o som emitido pelo praticante é ruim, mas paulatinamente o som se aprimora. Realiza-se processo de evolução progressiva, promovendo bem estar interior e realização aos violinistas - finaliza Cláudia, contando que mediante o arco e as cordas são emitidos os sons (individualmente ou em grupo): uma verdadeira terapia.

Na próxima quarta-feira acontecerá a Quarta Poética, enfocando o modernismo, quando poemas serão expostos no Corredor das Artes (prédio da Fundação), enquanto que no dia 29, última quarta-feira do mês, será a vez da leitura dramatizada do texto A Gaivota, escrita por Tchekov. Nesse trabalho, alunos de teatro da Escola de Artes Maria José Guedes terão oportunidade de atuar, diante da platéia, no salão do quarto andar, cuja capacidade é de 50 pessoas.