Cento e quarenta e cinco ovos de tartaruga da espécie careta-careta, mais conhecida como cabeçuda, foram encontrados no início da tarde desta quarta-feira (14), na Praia do Pecado. A informação da existência de um ninho foi passada aos técnicos da secretaria Executiva de Meio Ambiente (Sema) por um freqüentador da praia, que viu na segunda-feira (12), uma tartaruga desovar na areia da praia.
A ação de recolhimento dos ovos, além da presença do coordenador de Fiscalização da Sema, Fernando Barreto, contou com uma equipe do Projeto Tamar Ibama - base de Campos e Guarda Ambiental de Macaé.
De acordo com informações de Fernando Barreto, o local onde foram encontrados os ovos de tartaruga é muito importante, pois representa parte do patrimônio ambiental do município, que possui grande parte de restinga. “É por esse motivo que temos que realizar um trabalho de conscientização junto aos motoristas e motociclistas, para não passar no local”, alertou, acrescentando que além de depredar a natureza, os motoristas e motociclistas podem interferir em ações como essa, pondo em risco centenas de pequenas tartarugas.
O coordenador de Proteção Ambiental da Guarda de Macaé, Madson Pereira, informou que na Praia do Pecado serão realizadas permanentemente ações em toda extensão com oito a 12 homens, visando conscientizar os motoristas e motociclistas sobre a importância da preservação do local. “Realizaremos o trabalho a partir desta quinta-feira (15), que é feriado, e nos finais de semana”, acrescentou.
Madson informou ainda que quem desrespeitar as determinações está infrigindo a Lei Federal 9.605 de 28/01/81, que trata do desmatamento, poluição sonora, tombamento de árvores, entre outras infrações.
O técnico do Projeto Tamar Ibama, Adilson Júnior, disse que os 145 ovos serão encaminhados para área de desova do projeto, localizado no Farol de São Tomé, em Campos dos Goytacazes. “Os filhotes deverão nascer de 45 a 60 dias, para depois serem devolvidos ao mar”, contou. Ele esclareceu que não é comum a desova na região de Macaé e que isso é mais comum nas cidades de abrangência do projeto, como Quissamã e São Francisco de Itabapoana.