O fortalecimento da autoestima é um remédio eficaz no tratamento de pacientes oncológicos. Por isso, o Núcleo Municipal de Apoio ao Paciente Oncológico da Secretaria de Saúde (NMAPO) e a Coordenadoria Extraordinária de Igualdade Racial realizaram pela primeira vez, nesta semana, uma oficina de beleza e cultura, utilizando lenços e turbantes africanos.
A oficina ‘Autoestima: Resignificando os conceitos de beleza, amor e vida’ foi oferecida a aproximadamente 30 mulheres de todas as etnias, entre 40 e 60 anos de idade, pacientes do NMAPO, na sede do núcleo, rua Visconde Quissamã, 674, Centro. A oficina já acontece duas vezes por mês em escolas das redes Municipal e Estadual, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação. O objetivo é promover a valorização da cultura negra e africana. As atividades incluem colares, vestimentas e culinária.
- É necessário que sejam dados novos significados sobre a autoimagem dentro do contexto do câncer, devido a todas as inseguranças trazidas pela patologia que abalam o olhar sobre si mesmo. Buscamos proporcionar um ambiente de integração, reflexão e conhecimento. Novas oficinas estão sendo planejadas, disse a coordenadora do NMAPO, Viviane Cotta.
- Falamos sobre a beleza africana que está em qualquer mulher e assim propomos um estilo, ressaltou a produtora cultural, Yaisa Carolina. Ela informou que a Coordenadoria de Igualdade Racial está aberta a convites de outras instituições para realizar esse trabalho junto a pacientes oncológicos. O telefone do órgão é 2765-8700.
No Núcleo Municipal de Apoio ao Paciente Oncológico, o paciente tem acesso a cuidados de uma equipe multidisciplinar, com assistente social, psicólogo e fisioterapia oncológica. Atualmente, o programa possui cerca de 500 pacientes cadastrados e oferece assistência psicossocial a aproximadamente 50 pessoas por dia.