A auxiliar de serviços gerais Glauce Teófilo dos Santos, moradora do bairro Botafogo, viu sua vida mudar. Ela faz parte de uma das 180 famílias atendidas pelo Programa de Atendimento Integral à Família (Paif), no bairro Botafogo. Além disso, os quatro filhos de Gleice passam um período do dia no Projeto Pró-Vida Cidadã. “Nas palestras aprendi a compreender e respeitar meus filhos, que também melhoraram comigo. Os relacionamentos em minha casa mudaram para melhor”, explica. O Centro Comunitário Botafogo, onde funcionam os projetos, fica na Rua Antonio Bichara Filho, s/nº.
O Paif – programa do governo estadual, desenvolvido através de convênio com a prefeitura de Macaé – oferece no Botafogo e também nos bairros Parque Aeroporto e Nova Holanda, atendimento social e psicológico. Equipe técnica, composta por uma psicóloga e duas assistentes sociais, visita as casas e recebe os pais para oferecer-lhes apoio e orientação. A Fundação de Ação Social (FAS), presidida por Fernando Horta, gerencia e administra os projetos.
Segundo a coordenadora geral dos projetos Paif e Pró-Vida Cidadã, a assistente social Wanda Martins Machado, também é feito encaminhamento das famílias à rede de serviços assistenciais, educacionais e de saúde. “Nosso atendimento elabora plano promocional, no qual há construção entre a família e o profissional, objetivando mudanças na condição de vida, pois ocorre trabalho de conscientização e apropriação dos serviços existentes”, conta.
Já a psicóloga Camila Butinholli lembra que na escola de pais, promovida pelo Paif, há uma profunda terapia de grupo. “Fazemos palestras, realizamos debates e dinâmicas sobre educação, conceito de famílias, sexualidade, drogas e outros temas. Muitos assuntos tratados surgem com a demanda das pessoas”, avisa. Além disso, o programa oferece ajuda aos pais que não têm facilidades para lidar com a problemática dos filhos. Ela afirma ser necessário que eles aprendam a impor limites e conhecer o temperamento e o comportamento dos filhos nas diversas faixas etárias.
De acordo com a assistente social Aparecida Keiko Hashimoto, o trabalho é interdisciplinar, mas o serviço social avalia quais famílias irão participar das reuniões, previamente organizadas. “As soluções aos problemas familiares são encontradas pelos participantes, que são conduzidos a isto”, avalia. Ela acrescenta que muitos assuntos particulares são resolvidos com as pessoas, após a reunião em grupo. As profissionais reúnem-se periodicamente para elaborar e preparar o acompanhamento psicosocial, oferecido às comunidades que vivem em situação de vulnerabilidade.
Para a faxineira Eliane Bezerra Farias de Araújo, moradora do Botafogo, seus quatro filhos recebem um atendimento muito positivo, quando o Centro Comunitário lhe oferece condições de trabalhar, pois as crianças têm onde ficar. Ela é separada e sustenta a casa sozinha. "Preciso muito do apoio destes projetos", comentou.