Em palestra do diretor geral da MMX Mineração e Metálicos, Rodolfo Landin, no auditório do Hotel Sheraton, ocorrida na manhã desta quarta-feira (26), para dezenas de empresários do setor de óleo e gás da região, foram tratados diversos assuntos sobre o mega empreendimento do complexo portuário de Açu, que será implantado na cidade de São João da Barra, norte do estado do Rio de Janeiro.
Segundo Rodolfo Landim, no ano de 2010 o porto entra em operação. Ele disse que empresas instaladas em Macaé, voltadas para a indústria do petróleo, poderão se beneficiar em termos logísticos, utilizando o porto para suas atividades, ou através de expansão de seus negócios.
O projeto inclui o escoamento anual de 26,5 toneladas de minério de ferro de alto teor, por percurso de 525 quilômetros, a partir do município de Alvorada em Minas Gerais até São João da Barra. O empreendimento vai gerar 5,1 mil empregos diretos e indiretos somente na fase de implantação e outros 600 na fase de produção.
Toda a região Norte e Noroeste Fluminense será atingida pelo empreendimento da MMX, cujo sócio majoritário é o empresário Eike Batista. Além disso, o diretor da MMX lembrou que o complexo portuário vai gerar mais oportunidades de emprego para estudantes concluintes das escolas técnicas da região e outros profissionais que tenham qualificação.
- Os investimentos do Porto de Açu trazem desenvolvimento econômico para a região Norte e Noroeste Fluminense. Esse vetor contribuirá para o exercício de diversas atividades econômicas, principalmente para empresas estruturadas e capacitadas, que já prestam serviços na área de exploração e produção de petróleo – afirmou o representante do prefeito no evento e secretário de Indústria e Comércio, engenheiro Guilherme Jordan.
Ele acrescentou que os investimentos do grupo MMX não só tratam de um porto para aumentar a capacidade logística da região, mas também investimentos na área de energia elétrica, refino, mineração e siderurgia.
São João da Barra segue exemplo de Macaé
Com uma população de cerca de 35 mil habitantes e tendo na agricultura e na pesca suas principais atividades econômicas, São João da Barra conquistou um dos maiores investimentos da iniciativa privada anunciados para o Estado do Rio de Janeiro na última década: o Complexo Portuário de Açu. O empreendimento será construído no pequeno distrito de Açu, que possui hoje cerca de 12 mil habitantes.
O município já passou tempos atrás pelos ciclos da navegação e da indústria açucareira. Hoje o que segura a economia é o ciclo do petróleo e, por intermédio do ciclo do minério com o mega investimento, a cidade passará por processo semelhante ao que Macaé sofreu com a instalação da Petrobras, na década de 70. Ou seja: mudanças de costumes, hábitos e grande concentração de migrantes brasileiros, em busca de emprego.
A MMX Mineração e Metálicos é uma holding que, segundo o diretor Rodolfo Landim, terá 3,2 mil hectares de área disponível para o empreendimento, com previsão de ocupação de 300 hectares somente para o complexo. A MMX, que mostra comportamento progressivo no mercado de capital no índice Ibovespa, prevê aumento da renda per capita da região com o empreendimento.
O porto localiza-se a 15 quilômetros ao norte do Cabo de São Tomé, a 30 quilômetros da Foz do Rio Paraíba do Sul, além de estar a 45 quilômetros da malha ferroviária existente.
O Complexo Portuário terá capacidade de carregamento de dez mil toneladas por hora de minério e capacidade de estocagem de 2,5 milhões de toneladas de minério de ferro. Segundo a MMX, o empreendimento criará um novo pólo de desenvolvimento a partir do final de 2009, quando o porto estará em pleno funcionamento.
É confirmada a expectativa de que o objetivo principal do porto, exportação de minério de ferro, seja ampliado. Outros produtos serão exportados, como serviços offshore, investimentos em siderurgias e metalurgia. O porto de Açu é um centro de desenvolvimento econômico de nível internacional.