Foto: Juranir Badaró
Geração de inovação e tecnologia em áreas diversificadas é objetivo do parque
O projeto do Parque Científico e Tecnológico de Macaé, desenvolvido pelo Instituto Macaé de Ciência & Tecnologia (IMCT), foi apresentado, na noite desta terça-feira, 1o de dezembro, no auditório C da Cidade Universitária de Macaé, durante o 7º Encontro de Integração Científica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a graduandos e ao público em geral.
Inserido no tema da mesa redonda "Macaé: presente, passado e futuro", o Parque representa a possibilidade de desenvolvimento sustentável da região calcado nos esforços interligados de três esferas: a governamental, a acadêmica e a empresarial. O objetivo comum é a geração de inovação e tecnologia em áreas diversificadas, não apenas voltada para a indústria de petróleo e gás.
O presidente do IMCT, Joelson Tavares, acompanhou de perto o processo de interiorização da UFRJ. Segundo o presidente, que também é pesquisador da UFRJ na linha ‘Desenvolvimento Regional’, trabalha por uma alternativa para o desenvolvimento local, diferente daquele crescimento acelerado, com aspectos característicos, gerado pela economia extrativista após a vinda da Petrobras para o município.
- Vivemos ainda um processo de interiorização das universidades. Isso está em consolidação. Entendemos nele uma convergência de interesses. O nosso grande desafio é o investimento na área de pesquisa para gerarmos inovações e transformarmos nosso meio. O Parque Científico e Tecnológico é uma forma de aliarmos as duas coisas: o investimento em pesquisa (UFRJ, UFF, UENF, IFF e particulares) para ficarmos menos dependente da indústria extrativista, dinamizando o sistema econômico; e o levantamento de novas fontes de investimento em pesquisa, abrindo o diálogo com a indústria e buscando atender suas necessidades. Sempre procurando efeitos menos degradadores à natureza. É isso que já acontece no IMCT, salienta Joelson Tavares.
Também integrou a mesa redonda o professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Aristides Arthur Soffiati Netto, que apresentou as principais obras de saneamento das últimas décadas e as mais notáveis alterações no delta do Paraíba e suas consequências para Macaé.
Ainda fez parte da mesa o chefe da Unidade de Conservação de Proteção Integral Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, Marcelo Braga Pessanha. O local possui entre outras espécies em perigo de extinção no estado, o sabiá da praia. Ele reconheceu os esforços de um dos pioneiros da UFRJ em Macaé e fundador do Núcleo de Pesquisas do bairro São José do Barreto (Nupem), professor Francisco Esteves, como responsáveis pela existência da criação do Parque. “Naquela época, ele já via no local uma grande fonte para pesquisas e uma riqueza sustentável alternativa ao petróleo”, ressalta.