A II Conferência Municipal da Cidade de Macaé, que acontece até esta quinta-feira (28) no Centro de Convenções Jornalista Roberto Marinho (Macaé Centro), tem como foco principal de discussão o Plano Diretor de Macaé. As palestras que estão acontecendo desde a abertura do evento na terça-feira (26), são seguidas de debates em que o passado e o futuro do crescimento do município são colocados em xeque.
O Plano Diretor de 1990 e como será elaborado o próximo plano, tem provocado acaloradas discussões entre palestrantes e público. No primeiro dia, os temas debatidos foram sobre a Metodologia de participação da sociedade na elaboração do Plano Diretor; Novos paradigmas da política urbana; Contextualização do município com vistas ao Plano Diretor e o Projeto Geo-Macaé.
- É urgente repensarmos a cidade de Macaé. O Plano Diretor de 1990 é uma reflexão para a construção do novo plano – explicou Hermeto Didonet coordenador do Plano Diretor e presidente da II Conferência.
O advogado e autor do anteprojeto de Lei do código municipal de meio ambiente de Macaé, Luiz Carlos de Almeida, ressaltou na sua palestra sobre Política Urbana que este é o momento para ouvir o que o outro deseja. “Reverter gabaritos, barrar a especulação imobiliária, por exemplo, dependem do que a maioria da população determinar para constar do Plano Diretor”, disse o advogado.
Na quarta-feira (27) na parte da manhã, as palestras sobre Plano Diretor de 90, Requalificação e Mobilidade Urbana levantaram diversas discussões entre o público e palestrantes. O arquiteto Roberto Anderson sugeriu na sua palestra sobre Requalificação Urbana que as cidades devem oferecer alternativas que atraiam investimentos. “As áreas centrais das cidades são instrumentos de trunfo na competitividade entre as cidades”, disse o arquiteto propondo também que a locomoção das pessoas não seja tão necessária no município.
- Novos instrumentos de comunicação podem criar meios para que a locomoção não seja tão necessária. A criação de postos telemáticos nos bairros, com internet para os trabalhadores, por exemplo, diminuiria o deslocamento todos os dias para o trabalho. Essa pode parecer uma visão futurista, mas os meios tecnológicos estão disponíveis para serem usados, explicou Roberto.
Maria Laismeyre engenheira responsável pelo setor de trânsito da secretaria da Transporte, fez um balanço sobre Trânsito e Transporte: mobilidade urbana sustentável.
- O transporte público diário em Macaé é de 100 mil pessoas. Temos um sistema de transporte que não é bom. O sistema integrado de transporte vai funcionar a partir de 90 dias após a licitação, integrando vans credenciadas que transportarão gratuitamente os passageiros dos bairros aos terminais correspondentes – explicou Laismeyre.
Habitação, meio ambiente, parcelamento, uso e ocupação do solo, saneamento ambiental e região serrana foram o tema das palestras na parte da tarde de quarta-feira. As inscrições para as Câmaras Temáticas podem ser feitas na Conferência.
O encerramento da Conferência será nesta quinta-feira a partir das 13h com debates, leitura e votação do relatório final e eleição dos delegados para a etapa estadual da Conferência.