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Passeata azul lembra o Dia Mundial de Conscientização do Autismo

02/04/2013 17:34:00 - Jornalista: Andréa Lisboa

Foto: Divulgação

Dia Mundial de Conscientização do Autismo é lembrado no município

Uma passeata de usuários, familiares, e equipes dos Centros de Atenção Psicossocial do município, além de estudantes de enfermagem, reuniu cerca de cinquenta pessoas no Centro de Macaé para lembrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Na manhã desta terça-feira (2), o grupo saiu do CAPS Infanto-Juvenil em direção à Câmara de Vereadores. Com cartazes e balões azuis, a cor do movimento, os participantes buscaram chamar a atenção dos cidadãos.

Desde às 9 horas, os integrantes do grupo, que reúne também os membros da Associação de Parentes, Amigos e Usuários de Saúde Mental de Macaé (ASPAS) e equipes que atuam no CAPS Betinho e no CAPS Álcool e Drogas, comemoraram a data um com um café da manhã de confraternização.

Em seguida, eles saíram em caminhada, chamando a atenção nas ruas para o autismo, uma condição encontrada em 20 de cada 10 mil nascidos. Atendidos na rede municipal de Saúde por meio do Programa de Saúde Mental, são cerca de 40 pessoas.

Todos os assistidos têm entre dois e dezoito anos, apesar dos serviços estarem disponíveis para pacientes de todas as idades. O atendimento é feito em rede. No CAPS Infanto-Juvenil (CAPSI), as crianças e adolescentes recebem atendimento individual ou em grupo, junto com seus familiares, que estão em processo de formação de uma associação.

O CAPSI tem atualmente seis grupos formados por duas a cinco pessoas com autismo cada, coordenados por uma equipe multidisciplinar de psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais. Além dos encontros nas segundas, terças ou quartas-feiras, os usuários são encaminhados para atendimento ambulatorial.

Os atendimentos são realizados nos Cemeaes, no Núcleo de Saúde Mental, no Centro de Reabilitação e no Sentrinho. As crianças e adolescentes em idade escolar podem frequentar turmas regulares na rede municipal de Educação.

A rede recebe onze alunos autistas, além de cinco com a síndrome de Asperger, na qual não há comprometimento da fala e da inteligência. Nos horários de contraturno, os estudantes são atendidos pela equipe da Educação Especial da Educação em salas de recursos multifuncionais nas escolas.

O grau de comprometimento é de intensidade variável. Não existe tratamento padrão que possa ser utilizado. Cada paciente exige acompanhamento individual, de acordo com suas necessidades e deficiências. O autismo pode se manifestar antes dos 3 anos de idade e sua causa ainda não é clara, muito embora fatores genéticos sejam considerados sua principal origem.

O diagnóstico é feito a partir da observação do comportamento da criança. Normalmente, os pais detectam algum traço de indiferença ou isolamento excessivos.