Do mal das máquinas caça-níqueis, proibidas por lei, a prefeitura de Macaé tirou um benefício. A Secretaria de Ciência e Tecnologia está fazendo o reaproveitamento de diversos materiais destes equipamentos, apreendidos pela Polícia, para a montagem de computadores. O trabalho está sendo feito pelo programa de inclusão digital Fábrica de Cidadania. Os computadores serão usados na primeira lan-house pública da cidade, que será aberta este mês no bairro Malvinas.
Todo o material que será usado na montagem dos computadores foi recolhido pela equipe da Secretaria no galpão da Policia Federal, no Rio de Janeiro, com autorização da instituição. Dos caça-níqueis, a equipe separou o material que será reaproveitado, que chegou à cidade esta semana. O trabalho de retirada das peças durou um mês. Estão sendo aproveitados 20 HDs, 110 placas-mãe, 100 processadores, 60 memórias, 350 fontes para computador, 110 coolers, 50 estabilizadores, cinco auto-falantes, dez Hubs, 30 placas de vídeo, 15 transformadores de voltagem, 60 placas de rede, 40 filtros de linha e 150 monitores (alguns LCD).
Segundo o secretário executivo de Inovação, Ciência e Tecnologia, Guto Garcia, as máquinas são oriundas de diversas cidades do interior do estado do Rio de Janeiro. “Todos os caça-níqueis iriam ser destruídos. Com o reaproveitamento quem ganha é a comunidade das Malvinas”, ressaltou o secretário. Na Fábrica da Cidadania, trabalham na montagem dos computadores 180 jovens, com carga horária de três horas por dia. O grupo trabalha em turnos, distribuído em seis equipes.