Lideranças comunitárias, associação de classe, universidade e poder público de Macaé participaram esta semana, nos dias 10, 11 e 12, em Brasília, da construção do Programa Solidário da Pesca do governo federal, em que se discutiu a criação da Rede Solidária da Pesca. Esta é a primeira vez na história política macaense em que o município é convidado a fazer parte do planejamento de um programa nacional, voltado para o desenvolvimento da pesca.
No encontro, discutiu-se a construção de uma Rede Solidária da Pesca, com a finalidade de proporcionar a articulação nacional dos projetos regionais com os organismos governamentais e centros de pesquisas, na construção do capital social da pesca artesanal.
De acordo com o secretário Especial de desenvolvimento Local, Jorge Aziz, a participação de Macaé na discussão foi muito importante para o conhecimento das lideranças de uma grande diversidade de políticas e programas ministeriais, que podem contribuir para o desenvolvimento local da pesca.
– Durante o evento foi possível uma interlocução com diversos órgãos governamentais que disponibilizaram inúmeras informações de seus programas, recursos e contatos, estreitando o relacionamento entre Macaé e o governo federal, como quer o prefeito Riverton Mussi – disse Aziz.
Entre os diversos grupos temáticos eleitos para diagnosticar as demandas da pesca artesanal, definiu-se como prioridade a educação continuada, tendo como metas: erradicação do analfabetismo entre os pescadores; elevação da escolaridade; qualificação profissional; resgate da identidade cultural das comunidades pesqueiras; autogestão de suas unidades de produção e territórios; formação de agentes de desenvolvimento local solidário e ambiental.
A escolha de um grupo temático prioritário e transversal tem como estratégia o fortalecimento institucional dos elos da rede e da integração institucional das políticas públicas, com foco na sustentabilidade dos projetos locais e ações governamentais. Para os participantes, o evento também foi enriquecedor para conhecer as questões relacionadas com as dificuldades e potencialidades da pesca artesanal.
– Esse foi mais um passo importante do município na construção de mecanismos de gestão para o fortalecimento institucional da governança, no sentido de promover o desenvolvimento local da cadeia produtiva da pesca – considerou Aziz.
Além do secretário de desenvolvimento Local, a representação macaense contou com a presença do presidente da Colônia de Pesca Z-3, Osvaldo Romano e a diretora financeira da entidade, Rosi Ribeiro; o presidente da Associação Mista de Pescadores de Macaé, José Carlos Bento; o professor da Escola de Pescadores, José Inácio; a representante do grupo de mulheres do projeto de beneficiamento do pescado de Macaé – Benesca/Papesca, Maria Celeste; a pesquisadora e o coordenador do Soltec-UFRJ/Papesca, Vera Maciel e Sidney Lianza.