A secretaria Executiva de Pesca reuniu 25 pescadores, na tarde desta sexta-feira (12), em sua sede, na Rua Professor Télio Barreto 28, Centro, interessados em conhecer os temas que serão debatidos no I Seminário da Rede Solidária de Pesca da Região Litoral Fluminense, dias 10 e 11 de outubro no Sindicato dos Telefonistas (na Beira Rio, São João da Barra). A adesão chegou a 75%.
O coordenador de projetos da secretaria, José Inácio, apresentou aos pescadores os cinco temas a serem debatidos no seminário, com os respectivos consultores. O primeiro tema é o Gerenciamento Costeiro, cujo consultor é Mauro Rufino, da Secretaria Especial de Pesca (Seap); para o segundo tema, Infra-estrutura – local de desembarque, armazenagem, gelo, óleo diesel – ainda será escolhido o facilitador; Monitoramento e Estatística é o terceiro tema, que tem Eduardo Pimenta como consultor; Direitos e Benefícios está a cargo da técnica do INSS de Niterói, Dilma Ferreira; Beneficiamento e Aqüicultura terá Paulo José Azevedo como consultor.
Segundo o secretário Executivo de Pesca, José Carlos Bento, a pesca vive um momento ímpar no Brasil. Com a criação da Secretaria Especial, com status de Ministério da Pesca e Aqüicultura, é provável que a cadeia de produção da pesca atinja no Brasil o nível de outros produtos, como a carne bovina, suína e de frango.
- Para a cadeia da pesca atingir o nível de outros produtos animais, é necessário o levantamento de todos os problemas enfrentados pelo pescador em seus locais de atuação para apresentação em seminários, como o I Seminário da Rede Solidária de Pesca da Região Litoral Fluminense, em Barra de São João.
José Inácio ressaltou que já se sente uma mudança de comportamento do pecador, que começa a visualizar o interesse das autoridades do estado e do Governo Federal.
- A reação e o interesse pelos temas reflete uma mudança de comportamento da categoria em Macaé e região. O pescador começa a acreditar que as autoridades atentam para seus problemas. Sem essa atenção oficial, não conseguem andar. Mas, com a exigência do próprio pescador levantar os problemas e apontar soluções, há um fator novo, que exige sua mobilização para resolvê-los. Eles vão estudar os temas e apresentá-los com a participação de um consultor, profundo conhecedor da situação. Segundo a cultura dos pescadores, é uma nova postura diante dos problemas, concluiu Inácio.