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Pesquisa aponta Macaé como a 10º melhor cidade para fazer carreira do Brasil

25/07/2008 19:26:49 - Jornalista: Catarina Brust

Macaé é a 10ª melhor cidade para fazer carreira do Brasil. A pesquisa da Fundação Getúlio Vargas – RJ foi publicada na edição deste mês da revista Você S.A, e analisou três indicadores: educação, vigor econômico e saúde. A lista inclui as 100 melhores cidades brasileiras, e Macaé é a segunda do estado do Rio de Janeiro, ficando atrás somente da capital.

Os critérios da pesquisa levaram em conta o número de matrículas e oferta de cursos de graduação, mestrado e doutorado, para a educação. Arrecadação do imposto sobre Serviços (ISS) e Produto Interno Bruto (PIB) municipal, ambos per capita, serviram como base para o vigor econômico, e o número de leitos e de profissionais de saúde para cada mil habitantes para a saúde. Esses critérios tiveram pesos diferenciados: três para educação, dois para vigor econômico e um para saúde.

A primeira colocada no ranking brasileiro é a cidade de São Paulo. As cidades avaliadas fazem parte das 5% maiores do país, têm pelo menos 170 mil habitantes e R$ 210 milhões de depósitos à vista. Em 2007, os números de emprego criados foi o maior da história do país: 1,6 milhão. Os investimentos e as oportunidades de trabalho estão cada vez mais disseminados no país, como mostra o resultado da pesquisa, realizada pelo professor Moisés Balassiano, da FGV-RJ para a revista.

- Macaé está inserida economicamente neste contexto, porque está consolidada como uma cidade com grande potencial para investimentos e empreendimentos e em junho foi considerada a segunda cidade mais dinâmica do Brasil. Os critérios para avaliação, feitos por uma consultoria, incluem investimentos sociais feitos entre 2006 e o ano passado em saúde, educação, habitação, ciência e tecnologia e capacidade de compra, além de depósitos bancários da população e potencial de consumo, destacou o secretário de Finanças, Cassius Ferrraz Tavares.

Educação - Ao todo, a cidade de Macaé possui a oferta de 35 cursos superiores públicos e privados. Neste número já estão incluídos os cursos de Medicina, Enfermagem e Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que começarão a funcionar na cidade a partir do segundo semestre de 2009, na Cidade Universitária. Na área de pós-graduação, as instituições instaladas em Macaé oferecem em média cerca de 30 cursos.

Localizada na Linha Verde, uma das principais vias do município, a Cidade Universitária é o principal exemplo do desenvolvimento do Ensino Superior em Macaé. A meta é transformar a cidade no novo pólo universitário do estado do Rio.

No total, a Cidade Universitária ocupa uma área de 95 mil metros quadrados. Na primeira etapa de obras, foram construídos dois prédios – um para o Centro Administrativo e outro com 30 salas de aula, além de uma área para
estacionamento com 200 vagas. Ao todo, o complexo terá sete blocos – seis somente para salas de aula, com 30 salas cada. A Cidade Universitária já concentra três faculdades gratuitas – UFF, UFRJ e FeMass. Ao todo, são 12 instituições de ensino superior e à distância.

No nível técnico, além da Unidade Descentralizada do Instituto Federal de Educação Tecnológica, a cidade conta com dezenas de cursos particulares. A maior novidade em capacitação profissional é a nova sede do Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), que vai permitir a capacitação profissional de 600 alunos por turno, totalizando 1,8 mil alunos por dia. O investimento é de R$ 30 milhões, em uma área de 7,5 mil metros quadrados. A inauguração está prevista para 2008.

O Programa Bolsa Universitária/Profissionalizante, criado pela Lei nº 2771/2006, de caráter educacional e social, concede bolsas de estudo, no valor de até um salário mínimo nacional, para estudantes com renda familiar per capita de R$ 525,00, insuficiente ao custeio dos estudos, matriculados no Ensino Superior de graduação, cujos cursos conferem diploma com grau de bacharel ou título específico, Licenciado, Tecnólogo e no Ensino Técnico Profissionalizante.


Saúde - Na área da Saúde o município disponibiliza só no Hospital Público Municipal (HPM), referência regional, 150 leitos e 321 médicos. Ao todo, são 1038 médicos da rede pública para uma população de cerca 170 mil habitantes, fora a rede particular, e cinco unidades de emergência 24 horas.


Vigor econômico – O município de Macaé, por meio da secretaria de Finanças, aumentou a arrecadação de tributos como Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) e Imposto Sobre Serviços (ISS), que cresceram a partir de ações como a reformulação do Código Tributário do município e a implantação do sistema de Nota Fiscal Eletrônica. O orçamento deste ano é de R$ 868,9 milhões.

Entre os impostos, o ISS foi o que teve mais incremento. Em 2004, a arrecadação com o tributo foi de R$ 72,6 milhões. Em 2007, quando foi implantada a Nota Fiscal Eletrônica, o número saltou para R$ 156,6 milhões. Comparando com 2006, foi um crescimento de 41,22%.

Em relação ao ICMS, a arrecadação saltou de R$ 97,5 milhões em 2004 para R$ 140,9 milhões em 2007. E os recursos do imposto vêm crescendo ano a ano: comparando com 2006, o aumento do repasse em 2007 foi de 21,56%. Para aumentar a arrecadação do IPTU, imposto que sempre teve uma representação pequena dentro do orçamento, a prefeitura fez em 2006 o recadastramento imobiliário. Resultado prático da ação: a arrecadação dobrou. Em 2004, O IPTU representou R$ 2,7 milhões para os cofres públicos. Em 2007, foram R$ 7,2 milhões. O mesmo aconteceu com o ITBI, que passou de R$ 2,4 milhões em 2004 para R$ 5,1 milhões em 2007.

Em junho deste ano, Macaé foi considerada a cidade mais dinâmica do estado e a segunda do país. A informação consta na nona edição do Atlas do Mercado Brasileiro.

Os critérios para avaliação dos municípios incluem investimentos sociais feitos em 2008 em saúde, educação, habitação, ciência e tecnologia e capacidade de compra. O levantamento dos 300 municípios mais dinâmicos do país foi feito pela Florenzano Marketing e mapeou o perfil de consumo dessas cidades, que concentram 72% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Nos dez primeiros colocados, o crescimento da renda per capita foi de 30% no ano passado, o que significa mais geração de emprego e mais potencial de consumo para o trabalhador.