Neste mês, o governo federal contemplou com bolsas do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), com enfoque para a Dengue e H1N1, pesquisadores da UFRJ que atuam na Cidade Universitária. É a segunda vez que professores de Macaé, servidores da Saúde municipal e alunos do campus são selecionados para bolsas do PET. O objetivo desse incentivo é a qualificação em serviço dos profissionais da saúde e a iniciação ao trabalho de alunos das graduações, de acordo com as necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS).
- Com a qualificação em serviço dos profissionais da atenção primária à saúde do município por professores da UFRJ, servidores que trabalham nas Estratégias de Saúde da Família, toda a população sai ganhando com a melhoria da qualidade do serviço prestado. E iniciando os graduandos nos postos de saúde, esses estudantes terão uma formação voltada para as necessidades de nossas comunidades, destaca a vice-prefeita e secretária de Educação, Marilena Garcia.
O PET-Saúde da Dengue e H1N1 é direcionado aos órgãos gestores. Em Macaé, ele é supervisionado por Laila Aparecida Nunes, também coordenadora geral de Saúde Coletiva do município. Esse setor e a universidade, com o apoio das secretarias municipais de Saúde e de Educação, elaboram um encontro de profissionais de saúde e estudantes para divulgação dos trabalhos já em andamento do PET. O evento está previsto para acontecer na Cidade Universitária, no dia 27.
Quatro reuniões de nivelamento dos profissionais bolsistas já aconteceram, na Cidade Universitária. Oito bolsistas estão envolvidos na nova pesquisa: três servidores municipais; dois tutores da faculdade e três alunos das graduações.
PET-Saúde/UFRJ/Macaé
Para 2 de dezembro, os responsáveis pelo programa no município estão organizando um seminário. Seu objetivo será promover uma avaliação do primeiro ano do PET-UFRJ/ Macaé, No evento, que será realizado das 8h às 17h, todas as pesquisas desenvolvidas serão apresentadas.
Para o coordenador do PET-Saúde/UFRJ/Macaé, André Ricardo Araújo da Silva, a qualificação oferecida é ampliada “Os profissionais qualificados servem como multiplicadores de conhecimento. Além disso, nos eventos propostos, temos a oportunidade de divulgar o programa e também de ouvir as demandas de saúde do município”, diz o professor, informando que, atualmente, 186 pessoas estão envolvidas com o projeto. As pesquisas se estenderão até abril de 2012.
Seis unidades de saúde já assistidas
Desde que foi regulamentado pela Portaria Interministerial nº 421, de 03 de março de 2010, o PET-Saúde acontece em Macaé através da UFRJ. Atualmente, há oito linhas de pesquisa em desenvolvimento, com a participação de profissionais das mais variadas áreas da saúde, como dentistas, médicos, assistentes sociais, nutricionistas e enfermeiros, e ainda de professores da universidade.
Há cinco meses, com foco nas Estratégias de Saúde da Família (ESF), o PET-Saúde envolve trinta profissionais bolsistas da área de saúde do município (preceptores), que atuam colaborando com sessenta alunos bolsistas, além de não-bolsistas, sob a orientação de cinco professores da UFRJ. Já foram realizadas cerca de vinte reuniões semanais por cada um dos oito grupos de projetos. Os temas vão dos gerais, como saúde coletiva, até os mais específicos, como HIV, gestação, hepatite B, morbidade e mortalidade de menores de dez anos, tuberculose, entre outras ações integradas.
Seis unidades de Estratégia da Saúde da Família estão sendo beneficiadas: Aroeira, Morro de São Jorge, Engenho da Praia, Botafogo, Ajuda de Baixo e Cajueiros. Contudo, algumas linhas de pesquisa abrangem todas as ESF. Os projetos são avaliados mensalmente pelo Núcleo de Excelência em Pesquisa Aplicada à Atenção Básica, que possui representantes dos tutores, de preceptores e de alunos, que participam de reuniões do Conselho Municipal de Saúde.
Além das reuniões fechadas, há uma agenda de eventos aberta ao público em geral. Durante o período de implementação do programa já foram realizados: o “Cine Pipoca”, com apresentação de filme seguida de discussões sobre ética em pesquisa: o “Seminário Morbimortalidade Materna” e a apresentação do “Projeto Sistema de Vigilância Nutricional”. Esses eventos contaram com a participação de gerentes dos ESF do município.