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Peti Fronteira realiza gincana sobre a África com as crianças atendidas

16/07/2010 16:42:39 - Jornalista: Elis Regina Nuffer

Foto: Kaná Manhães

Alunos do Peti conheceram um pouco mais sobre o continente africano

Depois do sucesso do Torneio de Iô Iô, o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), do bairro Fronteira, vinculado à Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), quis estimular o aprendizado entre as crianças atendidas. Esta quinta-feira (15) foi um dia inteiro de gincana sobre a África, quando 53 participantes mostraram na prática o que aprendem em sala de aula.

Por causa das chuvas que caíram em Macaé neste dia, o evento, que aconteceria na quadra e na praça do bairro, onde está localizada a sede do Peti Fronteira, foi realizado numa sala de aula, mas isto não foi motivo para prejudicar o rendimento dos alunos. Eles localizaram os países africanos no mapa, afixado na parede, fizeram redação sobre a cultura do continente, falaram sobre preconceito racial, ética e cidadania e ainda conheceram um pouco da culinária típica da África.

As tarefas foram coordenadas pelos monitores Thiago Ferreira e Diego da Conceição, de Educação Física; Verônica da Conceição, Oficina de Leitura; Nilma Lea, Ética e Cidadania; Fátima Cobucci, Artes; Linda Menezes, Culinária; e mestre Grande, Capoeira.

O evento foi dividido nos turnos da manhã, com 25 crianças, e tarde, com 28, e as equipes campeãs foram, respectivamente, Campeões e Os Incríveis, ficando CoPeti e Brás Peti com o segundo lugar no resultado final.

A frase do filósofo Farid, “Nossas crianças são operárias da arte”, escrita numa parede da sala onde o evento foi realizado, simbolizava bem o espírito da gincana.

O professor Thiago Ferreira disse que o tema foi a Copa do Mundo, realizada pela primeira vez na África, mas não apenas o futebol e o esporte, tendo como objetivo introduzir nas crianças valores como respeito, a vida em sociedade e a cultura característica da África.

- Cada monitor trabalhou o tema dentro da sua área de atuação no Peti e as crianças aprenderam mais brincando, explicou Ferreira.

Segundo ele, na Oficina de Artes, por exemplo, as crianças aprenderam a confeccionar máscaras e esculturas que têm a ver com os africanos. Sobre o futebol, os monitores mostraram as regras do esporte, a disciplina e concentração que os atletas devem ter dentro e fora do campo e falaram também da estória do esporte.

O mestre Grande ensinou que a Capoeira, ao contrário do que muitos pensam, é um esporte afrobrasileiro, já que foi desenvolvido por um africano no Brasil. Na Oficina de Leitura, as crianças fizeram uma redação sobre o que acharam da Copa do Mundo 2010, encerrada no último dia 11, quando a Espanha foi a campeã.

Conheça o Peti Fronteira

O Peti Fronteira é coordenado por Viviane Menezes, cuja equipe é composta, além dos monitores que fizeram a gincana, pelo orientador pedagógico Douglas Fontes; a assistente social Verônica Klein; a psicóloga Cristine Maia e mais cinco monitores.

O programa funciona em Macaé há cinco anos, em parceria da prefeitura com os governos estadual e federal. Visa erradicar todas as formas de trabalho de crianças e adolescentes menores de 16 anos e garantir que frequentem a escola e atividades sócioeducativas. Cada família recebe bolsa mensal por criança assistida.

Os trabalhos acontecem de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h, nos dois turnos, manhã e tarde, com período complementar ao do ensino regular. É a jornada ampliada que trabalha com as seguintes atividades: culinária, arte, cidadania, meio ambiente, educação física, recreação e capoeria. O Peti-Fronteira está localizado à praça do bairro e o telefone é (22) 2763.0152.



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