Combate à depressão, ansiedade e estresse, com mais relaxamento, terapia e prazer acontecem nas aulas de pintura do projeto Art Luz. Ministradas todas as terças e quintas-feiras, no salão da Igreja São José Operário, no Parque Aeroporto, nos períodos da manhã e da tarde, as orientações artísticas da professora Josilene Nascimento, cujo nome artístico é Jomapina, aliviam a dor de Anderson Artur, de 20 anos. Ele sofre de epilepsia e depressão e desde fevereiro desse ano já pintou seis quadros.
- Pintar tira os sofrimentos de minha cabeça, porque quando pinto me desligo de tudo que me faz sentir dor – conta Anderson, acrescentando: - o quadro que mais gosto é “Onça”, que mostra animal selvagem e remete à natureza. Muitos alunos de Jomapina são encaminhados por orientação médica, pelo fato da pintura proporcionar bem mental e emocional significativo.
Felipe da Silva Fernandes, 23 anos, tem Síndrome de Down. Sua mãe, a aposentada Rita de Cássia da Silva Fernandes diz que ele tem se interessado muito pela pintura. “Quer vir às aulas até em dias que não tem o curso. Meu filho sonha que está pintando”, comenta Rita. Por isso, é considerado pela professora Jomapina um pintor de alma. Pintou logo na primeira aula a figura do papai Noel.
Segundo Jomapina, o objetivo do curso de pintura do projeto Art Luz – são 40 alunos – é promover a inclusão social, dando oportunidade a quem não pode pagar os altos preços do material: tela, cavalete, tintas e pincéis. Ela diz que a prefeitura fornece o material para o bom andamento das aulas. “Em dezembro todos vão expor seus trabalhos no Centro Macaé de Cultura”, ressalta orgulhosa de sua atividade, que beneficia profundamente as pessoas, promovendo inclusive a criatividade. As aulas são gratuitas.
Ateliê
Um ateliê para os mais diversos cursos artísticos será inaugurado por Jomapina, no sábado (08), na Rua 62, nº 830, às 19h, no Parque Aeroporto. Ela ensinará desenho artístico, pintura em tela, pintura em tecido e óleo e acrílico, enquanto professores de artes darão aulas de pátina, textura em parede, decupagem, violão, ponto cruz, crochê, bordado com fitas, sabonete artesanal e biscuit.
Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 8122-8547. Jomapina já fez exposições na Galeria de Artes Hindemburgo Olive (três vezes), no Macaé Centro, no Colégio Estadual Luiz Reid e no Ciep Aroeira. Ela atua como pintora desde 1987, e desde 2000 ensina no projeto Art Luz. “Já pintei cerca de 500 quadros”, comenta.
Ela explica que seu estilo é o Naïnf, modo ingênuo de pintar a vida, sem regras ou escolas, nascendo com a pessoa. Esse estilo é considerado primitivo no Brasil. Seus adeptos são autodidatas.