A 22º Oficina de Mobilização do Plano Diretor foi realizada nesta quinta-feira (15) na sede de praia do Fluminense Futebol Clube, nos Cavaleiros. A Coordenadoria Geral do Plano Diretor (Cogeplad) promoveu encontro para apresentar a metodologia de trabalho de construção da nova Lei e ouviu moradores sobre as demandas do bairro.
A palestra sobre Macaé e como o Plano Diretor poderá conter marcos regulatórios que vão direcionar o crescimento e o planejamento sustentável do município foi apresentada por Hermeto Didonet, coordenador do Plano Diretor. “Macaé tem uma dinâmica própria de uma cidade que cresce 4% ao ano, enquanto a média nacional é de 1,3%. O município precisa de uma nova Lei que vai apontar para onde e de que forma a cidade vai crescer. A população, através das oficinas, tem participação fundamental nesse processo, pois são eles que estão apontando as necessidades de cada localidade”, explicou Didonet.
Diversos representantes e presidentes de associações de moradores participaram da oficina dos Cavaleiros: Jorge Alberto Fett Madaglia (Vivendas da Lagoa); Jorge Artur Amorim (Morada das Garças); Maristela Rangel Soares (São Marcos); Francisco Navega (Cavaleiros) e Clóvis de Jesus Silva (Bairro da Glória). Marcelo Puertas, da diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais e Leonardo Machado, presidente do Movimento SOS Pecado também estavam presentes na Oficina de Mobilização.
Os representantes das associações de moradores chegaram a um consenso quanto ao principal problema da região: a construção de prédios na orla que causa sombra na praia dos Cavaleiros e Pecado. Leonardo Machado, presidente do Movimento SOS Pecado, afirmou que tem de haver uma mobilização da população para reverter esse quadro.
“As oficinas são realizadas com a finalidade de estimular os moradores a exporem as dificuldades que cada localidade ou bairro enfrenta. A partir dessas demandas vamos discutir, em outras oficinas com os moradores, quais propostas serão encaminhadas para promover uma cidade mais justa. Instrumentos jurídicos devem constar da Lei do Plano Diretor para viabilizar essas melhorias”, disse Hermeto Didonet, acrescentando que esse é o momento da população se mobilizar e participar do processo de elaboração da nova Lei.
Maristela Rangel Soares moradora há 15 anos no São Marcos disse estar preocupada com as novas construções na região: “Soubemos que um grupo de empresários estrangeiros vai construir 450 unidades habitacionais no São Marcos”, disse Maristela Rangel Soares sugerindo que o processo de liberação dessas obras deva ser revisto. O presidente da Associação de Moradores da Vivendas da Lagoa, também demonstrou preocupação quanto à construção de novos prédios na praia do Pecado, ao lado de um hotel.
A equipe técnica da Cogeplad informou que já está fazendo o levantando dos novos loteamentos na cidade para subsidiar as Câmaras Temáticas que vão discutir o uso e ocupação do solo e a habitação no município de Macaé. “As Câmaras Temáticas, formadas por grupos de trabalho mais técnico vão enumerar as demandas e apresentar propostas para resolver esses problemas. O resultado será apresentado num seminário no final do ano”, informou Didonet.