Os moradores do distrito do Frade participaram neste sábado (23) da décima Oficina de Mobilização promovida pela Coordenadoria Geral do Plano Diretor (Cogeplad), na Escola Estadual Municipalizada Fantina de Mello. A finalidade das oficinas é promover a participação popular no processo de elaboração do Plano Diretor e ouvir dos moradores os problemas da localidade. Representantes da Associação de Mulheres do Frade e de Moradores participou do encontro.
Os moradores assistiram ao filme Plano Diretor Participativo-Cidade de Todos, produzido pelo Ministério das Cidades e que faz parte da Campanha Nacional para divulgar o Plano Diretor. O coordenador do Plano Diretor, Hermeto Didonet e a arquiteta e urbanista Paula Guedes, explicaram aos moradores o porque da necessidade do município elaborar um plano.
- Precisamos planejar a cidade para onde ela vai crescer e atualizar as Leis já existentes que permitam o desenvolvimento de Macaé. As Oficinas de Mobilização servem para a população estar apresentando e discutindo as demandas da localidade – explicou Hermeto.
O Frade está localizado no setor administrativo 8 na serra macaense e foi fundado em 1876. Durante a pesquisa do Programa Macaé Cidadão entre 2001 e 2003, a população era de 1.481 pessoas e o distrito possuía 508 domicílios. Na época os moradores apontaram a pavimentação de ruas, o serviço de esgotos e o transporte urbano como as principais necessidades do Frade. Hoje a localidade ainda é uma pacata cidade rural, mas que já apresenta sinais do desenvolvimento.
-Precisamos de uma delegacia de polícia que trabalhe realmente no combate à violência. É inadmissível um lugar tão pequeno com vários casos de violência – ressaltou a moradora Iuyara Maria Medeiros, acrescentando também que uma educação escolar voltada para o turismo e que ensine uma língua estrangeira também beneficiariam a qualificação profissional dos jovens do distrito.
O potencial turístico do Frade - com seus rios e cachoeiras - também foi um tema discutido durante a oficina. Didonet levantou a discussão sobre o tema explicando que a produção de produtos caseiros com uma qualidade diferenciada serviria como atrativo para fortalecer o turismo.
- Além das belezas do lugar os turistas também vêm para comprar coisas que só a localidade produz, como por exemplo, uma boa geléia, um tapete artesanal, etc. Uma cooperativa de costureiras que fizesse um trabalho de qualidade e típico da região seria também uma forma de ocupar a mão-de-obra local mantendo os moradores na própria localidade – sugeriu Hermeto.
Os moradores apontaram também outras necessidades para melhorar a qualidade de vida da região: implantação de uma agência dos Correios e bancária, melhoria da estrada Frade-Sana, geração de trabalho para os moradores, melhoria do sistema de esgotos e a instalação de uma farmácia.